10 de fevereiro de 2009

casem casem... (Muahahahaaahhhhh!!)

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Os meus amigos estão todos a casar. Alguns até saltaram essa parte e foram directamente para os filhos. [Sim, no plural!]




Eu não tenho essas aspirações.




E toda a gente acha que eu tenho ar, perfil e vontade de ser mãe. De ser esposa. Just for the record, I’m not housewife material!!!! [Not yet, at least…]







Ainda sou muito nova para me arruinar, penso.




E ver os casalinhos abençoadinhos a escolherem que tule, que flores, que menus, que música, que alianças e que gente levar à boda parece-me uma ocupação bastante entediante. Acredito que seja por não ser o meu, mas não deixo de achar extremamente BOOOORING!







Casar para quê? Para quem? Para ir de lua-de-mel? Para encaixar uns trocos? Para ser mais feliz? Alguém é mais feliz apenas e só por ter casado? Casar para deixar de ser pecado o truca-truca praticado duas vezes por semana e redimido, na missa, ao domingo? Tontería.







E ter filhos? Quem é que [no seu perfeito juízo] quer trazer agora mais crianças ao mundo, a este mundo? Quão egoísta é essa shit?







Sim, se calhar sou só eu que sou ressabiada…


[Fonix, e acabei de criar aqui uma aliteração espectacular. Sou genial. Relacionalmente inepta, mas genial no meu conjunto…]







Ao explicar esta minha angústia a um amigo [um que vê sempre o copo meio cheio], chegámos à conclusão – pfff, como são tontos os “outros” – que agora os casais andam todos eufóricos, mas que daqui por uns meses o discurso muda:







Ela começa a queixar-se que ele deixa a toalha no chão e a tampa da sanita levantada. [Eu cá acho que eles fazem de propósito! Alguns até devem vir a sair do WC e lembram-se “Ah, porra, quase me esquecia de deixar a tampa para cima só para termos do que falar hoje, à mesa…”]




Ele começa a queixar-se que desde que o puto nasceu nunca mais pinaram decentemente… “É tudo a correr e ela anda sempre cansada!” [snif, snif, vai mais uma caneca de cerveja para o bucho!]


Nunca mais vão ao cinema.




Os jantares românticos vão envolver biberões [em vez de velas] e sogras [em vez de maîtres].




Os Natais terão de ser divididos entre duas famílias e os presentes recebidos vêm em nome dos dois – e, estranhamente passam a ser para nenhum deles: são “para a casa”. [Olha, sabes que mais? BARDAMERDA! Sabes onde é que podes enfiar o salazar*?]




São as depressões pré e pós-parto, as estrias, as celulites… [Se eu quiser celulite e estrias e tudo isso, como chocolates. E os chocolates não me sugam o leite nem a paciência, nem choram de madrugada, nem me rasgam para sair de dentro de mim – não, este último ponto não é discutível…]




E os momentos de luxúria? “Oh querida, porque não pões aquela lingerie que sabes que eu adoro ver?”. Resposta: “Olha, meu caro buda, porque desde que emprenhei do TEU filho, engordei dezoito quilos. Essa lingerie era o S e eu estou a usar um tamanho com mais “X” que os teus filmes porno!! É por isso, meu querido!! Já para não falar que as minhas maminhas outrora rijinhas e suculentas agora são dois funis [doridos de leite UHT] que me dão pela cintura…”


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Por um minuto fartei-me de rir com a maldade. Deleitei-me e regozijei com a desgraça alheia, mas depois senti um aperto [e juro que não era da roupa interior…]. Toda eu fui amofinação.
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[Vou ligar aos meus amigos e mostrar-me solidária com o sofrimento deles.]



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*Referência mais-que-explícita ao post já aqui abaixo…

8 comentários:

afectado disse...

não sou assim tão pessimista em relação ao casamento. quer dizer, casamento ou juntar os trapinhos. porque aquela obrigação do casar para viver juntos, não faz muito sentido para mim. mas aceito que para algumas pessoas ainda faça (são questões de educação, formação, etc).

o que mais me choca mesmo é ver pessoas que mal acabam uma licenciatura aos 23 anos, siga casar. e depois precisam de ajuda dos pais/sogros para sobreviver. isto porque um ganha pouco e outra nem emprego conseguiu ainda. isso é que eu não percebo, para quê tanta pressa? para poder pinar todos os dias à noite mas serem os pais/sogros a pagar os preservativos ou a pílula?

há pessoas que fogem para o casamento com uma pressa assustadora! e depois, passado dois ou três anos já querem é fugir do casamento! caso para dizer, mais valia terem ficado a bater punhetas em casa dos pais mais uns meses/anos...

de Marte disse...

Ihihih...
Ai não!!!! Não tens uma visão isto-ou-aquilo do casamento... sou só eu que tenho!!! Eheheh!

Tu dá-lhe, homem. Não te reprimas!

:P

J. Maldonado disse...

Traças com uma ironia acertada o verdadeiro panorama do casamento.
Realmente não compreendo porque é que o pessoal tem pressa em casar assim que acaba o curso e arranja um emprego, mesmo que precário. Só encontro esta explicação lógica: é mais cómodo dividir-se as despesas. É que viver sozinho implica muitos encargos que ninguém está disposto a suportar...
E depois há o estatuto social: uma pessoa casada é considerada uma pessoa de bem, ao contrário da celibatária que é encarada com suspeição...

afectado disse...

de marte, e não :)

mas tenho contra a pressa a sofreguidão que algumas pessoas demonstram por isso...

é preciso é ter calma :)

Anónimo disse...

Cum Caralho, parece que se está a falar de cancro e encontras-te uma vacina! Deixa lá andar os rapazes/raparigas descansados! E sendo praí a 5ª vez que ressabias com o tema....

Bjinhos Pah!

de Marte disse...

Maldonado,
Há muitos "interesses" a motivar o casamento (a apressá-lo), mas no fim de contas é mesmo isso o matrimónio: uma junção de interesses, uma união de vontades. E nem vou fazer juízos de valor senão habilito-me a uma chapada com costas da mão, do anónimo!!.
:P



Afectado,
és mais saudável que eu, que deito raios pelos olhos...



Anónimo "Desconhecido",
Ui, carai, que me ía dando um fanico qdo te li!
Sou uma manhosa invejosa ressabiadona. E daí?
Até parece que te surpreende!


E agora, com a mão esquerda sobre a Bília e a mão direita erguida, juro solenemente não importunar mais o anónimo com coisas mundanas e profanas como as minhas invejas que (oh, que estranho!) escrevo no meu blog!

:D

Pah, não me fodas o juizo. Deixa-me lá dizer mal das coisas que me atormentam, senão como é que sobrevivo?
BEIJOS, PAH



Aos três,
cumpriment(íssim)os de Marte

Anónimo disse...

Podias simplesmente ter ignorado, apenas te estava a "mostrar" que tás a ressabiar muito com o casamento, se és uma manhosa invejosa ressabiadora que sobrevive pela regurgitação de tormentos isso será uma virtude tua ao que os outros são alheios, como tu dizes, o espaço é teu!

Bjos

de Marte disse...

A.D.,
puxaaaaa...
qdo falei ctg (ctg mesmo), nos termos em q falei, aí sim, era o q sentia.

Aqui no blog é a versão jocosa. É a minha catarse. Sou eu a explorar o tema que fermenta na cabeça e, não raras vezes, com o intuito de gozar, fazer a boa da piada fácil, expurgar.

A questão que vejo aqui é que me apanhas "a dobrar"; ao apanhares dois flancos ficas a pensar "Porra, a chata da gaja está mesmo danificada!", quando na verdade eu estou é a aproveitar um tema da minha vida real, explorando-o e expondo-o ao ridículo no meu canto virtual.

Era um bom tema para se tornar cómico. É pegar nas coisas e trabalhá-las com humor. E ficou uma boa facécia!!

(Estranho estranho é eu sentir necessidade de me justificar perante ti! Isso é q me lixa!)

Vai mazé dormir, pah!

Beijos
:P

(estúpido, a dares-me nas orelhas...)