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20 de junho de 2009

isto é serviço público

...só que nunca ninguém reparou!!







Justin Nozuka - After Tonight




(se calhar estou a ficar mainstream. The hell with it!)

Este cd já está na minha wishlist!!

jà agora, e uma vez que é pikena a dita lista, cá vão os outros dois itens: um iPhone e um leque. Sim, um leque. :) São as próximas compras.

13 de junho de 2009

...pedaço de bom caminho...

Todos os anos faço umas férias em família. Os meus pais, eu, o casal amigo dos meus pais e os dois filhos destes. Como nos conhecemos desde sempre e fazemos praia juntos todos os anos, este ano era só mais um. Sempre andámos à-vontade uns com os outros, fomos cúmplices nas saídas, encobríamos as escapadelas uns dos outros e sempre dormimos os três juntos. Sempre fomos tratados, quer pelos meus, quer pelos pais deles, como irmãos.


Naquela noite o irmão mais velho ia receber a visita de uma amiga recente que estaria de passagem ali por perto, em trabalho, e aproveitaria para ir tomar um copo e passar um bocado com o seu amigo. O outro irmão e eu ríamos que nem tontos, patrocinados por Cosmopolitans que pareciam ter sido preparados pelo próprio Tom Cruise em tempos que já lá vão.

Comecei a ficar cansada da noite e pedi ao mano mais novo para irmos andando. Ele também já estava cansado. É daquele tipo de homem que começa a rir e a dizer parvoíces quando fica com sono. Fica com os olhos amendoados, semicerrados, e ri-se por razão nenhuma. Íamos andando para casa; era eu que conduziria o carro dele. Apesar de ser novinho o rapaz conduz um descapotável. Como a noite estava quente (e ele fez questão disso) fez deslizar a capota e lá seguimos, eu arrepiada, ele feliz da vida, até nossas casas. A minha e a dele são paredes meias, mas o pátio e jardim são comuns, pelo que ficámos por ali recostados num sofá de exterior– daqueles de dossel que agora toda a gente insiste em ter… e ainda bem.

Ficámos a reviver memórias, a abafar o riso para não acordar os pais de ninguém e não ter de ouvir queixas durante o pequeno-almoço. Comecei a sentir frio e perguntei-lhe se queria subir comigo para me agasalhar. Disse-lhe, inclusive, que poderia dormir em nossa casa, como várias vezes fizera. Anuiu. Ficámos no meu quarto a falar e entretanto saí para me equipar para dormir. Top, calças de algodão, meias e caneleiras. Esta é a indumentária para um pré-sono. Enfiei-me na cama e continuámos as nossas conversas. Reparei por esta altura que, devido aos quatro anos de idade que nos separam, poucas vezes estivemos tão próximos. Sempre falei muito mais com o irmão, exactamente da mesma idade que eu, nascido 5 dias antes de mim. (Ninguém me tira da ideia que as nossas mães combinaram!)

Disse-lhe para vir para dentro dos lençóis porque a noite começava a arrefecer. Apagámos a luz e fomos dormir.


Pensava eu que íamos dormir. Passados longos minutos eu ainda não dormia. Chamei-o baixinho, pelo nome e soube que também não adormecera. Comecei a acariciá-lo na cara e nos ombros, para chamar o sono, e senti que estava a saber-lhe (tão) bem (como a mim) aquela partilha de mimo. Mantivemos a conversa em tom informal, sobre as coisas do passado e do presente. As mãos dele começaram a retribuir os gestos que eu lhe desenhava no corpo. Aproximei-me dele e não resisti a começar a dar-lhe pequenas dentadas nos ombros, na nuca, inclusive na cara. De barriga virada para baixo ele inspirava golfadas de ar em ritmos coincidentes com as trincas que lhe dava.


Os meus pais estavam a 30 cm de parece dali.



Não tive coragem de mimar o meu amigo como a minha libido pedia. Num acordo tácito mantivemos as mãos em zonas permitidas e as bocas longe uma da outra. Adormecemos de mão dada, não sem antes termos executado uma dança de carícias nas mãos, braços, cabeça e costas um do outro. Carícias dignas de um caso amoroso… utilizadas num caso amistoso. Durante a noite senti vontade de o acordar com um beijo na boca. Presumo que terá sentido o mesmo.


Ao amanhecer ouvi o lufa-lufa matinal da rotina dos meus pais e do pequeno-almoço que seria servido no jardim comum. Ao abrir os olhos senti como que uma vergonha, uma inibição por tudo o que se tinha passado durante a madrugada, no escuro. Ele continuava a dormir e não o acordei. Tomei banho e vesti-me. Fui ao jardim e vi a mãe dele sentada com a minha, à espera que servissem o pequeno-almoço. Cumprimentei as duas, disse que o mano mais novo dormira lá por casa e que estava ainda adormecido, ao que a mãe me pediu para o acordar pois tinha compromissos para essa manhã e não poderia atrasar-se muito mais.


Voltei ao quarto, ainda escurecido e não deixei os olhos habituarem-se à escuridão. Conheço bem os cantos do quarto e não demorei a estar de joelhos na cama, encostada à sua nuca, a dar-lhe os bons dias. Senti o sorriso a formar-se e já conseguia ver o branco dos seus perfeitos dentes. Dei-lhe um demorado beijo na bochecha e disse-lhe: “Anda, dorminhoco. A tua mãe já te chamou para ires tomar o pequeno-almoço no jardim.”

Sorriu novamente, puxou-me para si e deixando os meus lábios a poucos milímetros dos seus disse-me que eu cheirava bem. Inspirou-me a cara, o cabelo, o pescoço. Deu-me um abraço a que correspondi e soltou-me depois, dizendo que desceria dentro de poucos minutos. Fiquei com vontade de o amar ali. Forte, afastei-me, soltando-me da mão dele que ficaria esticada, no ar. Nunca cheguei a conhecer o sabor dos seus lábios.

20 de janeiro de 2009

so... CUM AND GET IT!!!


…E quando uma pessoa pensa que já viu tudo…





…encontra-se por acidente, inbound Londres, com uma antropóloga cinquentona, de ascendência polaca, casada com um egípcio, que tem casa nas Caldas da Rainha.





Até aqui nada de impressionante…





A antropóloga está neste momento a colaborar no lançamento de uma revista britânica. Mostrou-me o nr. 0 da revista, que está muito bom. Then again, vão ter de ser feitas algumas alterações no #1, porque o #0 mostra “too much skin”. E mostra. Após demorada conversa, em que os pontos em comum são sempre enaltecidos, surge o entusiasmo em conhecer outras pessoas, contactos trocados, convites feitos, convites aceites. Sou capaz de colaborar com a revista em breve.



A revista, entre vários artigos interessantes, tinha uma nota que me deixou curiosa. Ou desconfiada. Uma das duas.

Uma receita chamada “creamy cum crepes”. Sim, é mesmo isso. (Se houver alguém interessado em conhecer a receita eu envio-lha). Fui procurar o livro de onde essa receita foi tirada.


Chama-se Natural Harvest e diz assim:


“Semen is not only nutritious, but it also has a wonderful texture and amazing cooking properties. Like fine wine and cheeses, the taste of semen is complex and dynamic. Semen is inexpensive to produce and is commonly available in many, if not most, homes* and restaurants. Despite all of these positive qualities, semen remains neglected as a food. This book hopes to change that. Once you overcome any initial hesitation, you will be surprised to learn how wonderful semen is in the kitchen. Semen is an exciting ingredient that can give every dish you make an interesting twist. If you are a passionate cook and are not afraid to experiment with new ingredients - you will love this cook book!”


"Querido, já estragaste tudo*!!!
Não te disse que queria fazer pudim?"








*E lá está: e se se acaba?? Não é propriamente como a farinha, que se vai pedir ao vizinho do 2º esquerdo (que por sinal é bem giro...)!!!

19 de janeiro de 2009

nubes


Fui passear.
Fui a uma ilha habituar o ouvido a outra língua! (Não, não é no sentido físico da coisa!! Blhergh!)

Adoro ver as nuvens do lado de cima. Vistas de baixo são chatas, direitinhas. Todas sentadinhas. Por níveis, mas todas sentadinhas e bem comportadas.

Já vistas de cima elas soltam-se, são elas mesmas. São rebeldes. Parecem os meus cabelos... excepto na cor. E na forma. E em tudo.



Gosto de nuvens. Gosto de flutuar nas nuvens.




Ah, e já estou de volta! :)

Pronta para continuar a pensar com os dedos.

25 de agosto de 2008

Terei sonhado...?

Estive fora. Lá, fiz uma compridíssima viagem de comboio e tive uma experiência... de Marte!
Passei quase a totalidade da tarde a ler um livro. O conteúdo erótico deixou-me um pouco desvairada, devo confessar. Ao cair da noite, ficou escuro na carruagem e só quem quisesse tinha luz directa, para poder ler ou trabalhar no pc. Como havia poucos passageiros nesta carruagem estava bastante escuro. Ao olhar em redor vi apenas dois passageiros: um homem umas filas atrás de mim, quase no último banco, do lado da janela, e uma senhora na parte da frente da carruagem.
Olhei para o homem. Era lindo. Decerto ele era autóctone e eu não falo a língua local. Mesmo assim, movida pelo desejo levantei-me e, segurando-me às costas dos assentos fui andando pelo corredor até à fila onde ele se encontrava e sentei-me do lado oposto, junto à janela. Ele não ligou muito mas aos poucos foi ficando intrigado com a minha mudança de lugar, visto faltar pouco mais de vinte minutos para a última estação e não havia razão aparente para eu ter mudado de lugar. Comecei a vê-lo espiar-me pelo canto do olho e decidi ir puxando, aos poucos, o vestido para cima. O homem quis de olhar-me de frente para ter a certeza do que estava a ver e decidiu menear o cabelo farto, de maneira a mexer a cabeça o suficiente e no ângulo certo para ver as minhas coxas. Quando o fez, voltou a olhar-me, desta vez sem falsos pretextos, e sorriu puxando para cima apenas um canto da boca. Nesta altura a minha mão já estava a subir na perna e meti-a dentro das cuecas. Ele levantou-se, apoiando-se no banco da frente, como que querendo aproximar-se. Compreendeu a linguagem universal quando abanei o indicador da mão livre em forma de "não" e voltou a recostar-se. Meteu também as mãos nas calças e ficámos assim, a saborear a companhia visual um do outro. De quando em quando ele fechava os olhos e inclinava a cabeça para trás, de prazer. Depois olhava de novo para mim e acelerava a marcha da mão.

Vim-me num instante, com este cenário à minha frente. Gemi baixinho para não provocar alarido, mas alto o suficiente para ele ouvir. Fiquei a apreciar o orgasmo e depois estive a vê-lo, logo de seguida, a fazer o mesmo. Foi muito bom. Repousei um minuto e levantei-me. Ao fazê-lo, ele chegou-se para a zona da coxia onde eu passaria e estendeu-me a mão, como fazem os cavalheiros num cumprimento a uma dama. O homem puxou a minha mão com gentileza para a sua cara e, em vez de ma beijar, cheirou-ma demoradamente.

Estremeci no apelo a um novo orgasmo e senti vontade de lhe falar de qualquer maneira, de ouvir a voz dele, de o ter comigo na cama, de me sentar nele, de me sentir nele. Sei que isto são coisas de mulher, romanticismos tontos. Deve ter sido isso que me fez puxar a mão devagar e voltar para o meu lugar.

Não voltei a olhar para ele até ao fim da viagem e ele também não se aproximou. Apesar de faltarem poucos minutos para o nosso destino ainda adormeci, efeito do orgasmo. Quando saí da carruagem, já com o trolley pronto, demorei-me um pouco, fingindo que ajeitava o casaco e o vestido. Olhei na direcção dele e sorri com um dos cantos da boca.

Ele não era tão lindo como parecera no escuro do comboio. E daí, talvez eu também não fosse, afinal, tão apetecível como há pouco. Ele sorriu-me de volta, virámos costas e seguimos caminho. Meti-me no carro e fui a pensar nele e a rir-me sozinha com esta travessuram inédita para mim. Cheirei a mão mais de uma vez para ter a certeza que não tinha sonhado durante a viagem, naquele comboio escuro.

Nessa noite dormi muito bem.