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11 de setembro de 2008

Feminismo

Este é um tema tramado.

Dou por mim muitas vezes a ser uma machista acérrima, o que me assusta. Gosto tanto da minha condição de muchacha que não me vejo a querer ter os direitos dos gajos! Senão vejamos: se eu fizer merda desculpam-me porque sou gaja; a conduzir, posso infringir o código de fio a pavio, porque o Sr. Agente – antes de mandar encostar – já percebeu que não se pode pedir mais de uma indefesa, fofinha e (portanto) vulnerável mulher!


Já um homem... bem... um homem não chora, um homem é forte;

Um homem não é romântico, é prático;

Trabalha para trazer a comidinha para casa (go get'em tiger!);

O homem pede a conta – e já agora paga-a;

O homem defende a honra à pancada;

Um homem não liga a pormenores sem importância.

(Sim, esta é uma visão muito fechada do que é ser "homem"; estou só a marcar uma posição).


E cada vez mais me apercebo de quão "macha" sou!! Não comecem já a pensar em "macha" como sinónimo de "mulher macho" – pelo contrário. Sou uma chica-esperta armada em independente que traz o próprio sustento para casa, paga as contas das saídas e jantares em dupla, e para quem sexo é sexo, mesmo com snuggles e smoochies.

Sexo é "toma-la-disto-gostei-muito-de-te-conhecer-e-encontamo-nos-por-aí". (Foi informação acessória, eu sei).

Voltando ao ser macha: não percebo porque é que as feministas defendem coisas como o dever de manter as pilosidades todas que Deus (ou a descendência do macaco) nos deu! Por que raio gostaria eu de ser peluda?

Ok, o meu professor de faculdade Eduardo argumentaria que o machismo já está tão instituído que eu tenho como minhas opções estas ideias que, no fundo, são ditames da sociedade…

Não me venham com tretas!

Não gosto de pêlos porque os acho feios. E fazem calor (sim, calor!). E se eu tenho direito de os deixar crescer, também tenho direito de os eliminar.


E já agora, porque é que são as feministas as menos femininas?

Men, até a Eva, nas representações mais arcaicas é uma gaja toda sexy. (Lá vem o Prof. Eduardo dizer que o conceito de “feminino” também foi padronizado e blá blá blá).

Certo, mas tenho um argumento que, creio, fecha a discussão: quando uma gaja se olha ao espelho e se acha boa, ela acha-se boa para si mesma. Não é gira para os outros. É para si mesma.

No extremo, quando ela se vê nua ao espelho e a sua libido dispara (foi bom o eufemismo – assim escuso de dizer que se olha ao espelho e começa logo a tocar-se) quer dizer que a necessidade de agradar ao outro – completamente natural – não se sobrepõe à vontade de se agradar a si mesma. (Ok, e também quer dizer que a miúda sofre de um caso clássico de narcisismo).


Como o slogan de uma marca dizia "Se eu não gostar de mim, quem gostará?" e mais recentemente foi alterado para "Se eu gostar de mim, quem não gostará?".

A questão do feminismo, tanto quanto consigo raciocinar, reside aí. Na auto-estima e no modo como isso transparece. Naquilo que sou independentemente de agradar ou não aos outros.

Se agradar, tanto melhor. Se não, kiss my ass!

Por isso é que há quem diga que o feminismo só é defendido por mulheres feias!

Faz-me rir, sabendo que não é verdade, mas esfrego as mãos... e rio-me diabolicamente ao pensar que sim.


Snuggles e smoochies 4u all