Oh Chávez...
22 de outubro de 2009
Três minutos não é pouco?!?!
Oh Chávez...
20 de outubro de 2009
Nomes que eu não gostava de ter
em branco
Apenas mais gentil.
14 de outubro de 2009
o-oh, not again...
Saio do banho.
13 de outubro de 2009
Ser ginecologista é coisa de macho?
6 de outubro de 2009
O CASAL DO ANO!!
4 de outubro de 2009
É inútil Resistir
Dance with me
Nestas sete horas (contei pelos dedos) já tentei dormir, já roguei pragas ao João Pestana, ja fui fazer uma corridinha de 25min e uns exercíciozinhos naquelas geringonças de exercitar os membros dos velhinhos que os autarcas colocam nos passeios próprios para o efeito, em ano de eleições.
Voltei para casa, liguei a música (pobres vizinhos) e fui pôr uma máquina de roupa a lavar. (Sim, porque a malta é engraçada e tal, mas a lida da casa não se faz sozinha e eu tenho muito bom corpinho para a cumprir). Como tinha a roupa do corpo para lavar, fiz um mini-strip pela casa e acabei nuazita na cozinha, com o detergente pequeno e poderoso (Skip, para quem não vê anúncios) a servir de microfone desajeitado!!
Tomei um banho quentinho, mimei-me e esfreguei-me e afaguei-me, pois então. Super creme no corpinho, deixar o cremezinho penetrar e continuar a dançar até "secar".
Secar o cabelito, arrumar a casa-de-banho que entretanto ja tinha bijuteria e ganchos de há três ou quatro dias, espalhados por todas as superfícies.
Uma horinha de massagem, interrompida por apitos e mais apitos de alguém que acabara de casar e seus amigos e família. Nessa horinha estava bem quentinha e sentia-me nas nuvens. Só saltei da cama quando começou a soar na rádio "Mama Do", da menina Pixie Lott, que me faz os músculos tiritar inadvertidamente. De tal modo que hoje posto também no Escala Cinza a mesma música, com a letra.
2 de outubro de 2009
sai uma hamburga
Não sou nenhuma Edite Estrela, até porque não nasci em Carrazeda de Ansiães, mas dá-me comichão nas mãos (e nem estou rodeada de mosquitos marados) ver gente a trocar o género às palavras. E a este estranho processo chamo “Semenyar” as palavras, tal é a dificuldade de perceber se a palavra é menina ou menino.
Vou dar exemplos para que percebam ao que me refiro:
Hambúrguer. Este é um clássico. Quantos de vós já ouviram: “Apetece-me mesmo UMA hambúrguer.”??? Pois, meus senhoras e senhores, hambúrguer é do género masculino. Pede-se UM hambúrguer. Do género feminino é, por exemplo, uma sandes.
E quando temos uma dor qualquer na barriga, surge logo um amigo ou amiga, daqueles que tiraram o curso de Medicina Geral pelo Planeta DE Agostini a bradar: “Isso é DA apêndice!”.
A mim dá-me logo vontade de lhes atirar bílis em jacto.
Senhores: é “o” apêndice.
E “a apendicite”; esta sim, uma condição feminina. (Não de ser exclusiva das mulheres, mas do género feminino. Carago… a palavra!)
Mas há mais…
Quando alguém diz: “Aquele gajo da minha turma é UM personagem…”, e outro alguém diz: “A MINHA personagem preferida dos Maias é o Carlos Eduardo”, quem é que tem razão?? Personagem é palavra para ser do género feminino ou masculino?
Bem, esta palavra é completamente Samenya. Pode ser uma ou outro, mas nunca será verdadeiramente nenhum…
Uma outra palavra que me tira o tesão é… TESÃO!
Então não é que há muito boa gente a dizer que tesão é “ela”? “Ui, a Pamela dá-me UMA tesão…”. Bem, nem sequer já estou a contar com o gosto duvidoso d@ personagem que profere tal impropério. Mas tesão é, mais uma vez, masculino.
Por fim, surge a palavra MANCHE. Ora, este “volante” não é A manche, mas O manche.
Do género feminino será, por exemplo, “a mancha”.
[Uma mancha como a que ficou no vestido da personagem Lewinsky por causa do tesão do Presidente*, que alegou que aquilo era maionese que escorregara do hambúrguer que ambos partilharam antes de lhe dar aquela dor no apêndice.]
E assim sim!! Assim se fala em bom português.
* “I did not have sexual relations with that woman, Miss Lewinsky…”
francesinha
É mesmo de chorar por mais.
Com isto posso fazer como a Marilyn fazia com o nr. 5.
:)
E cantarolo isto...
Não sou cantora, mas isto tem notas... boas. Daquelas que ecoam o dia inteiro.
E como eu canto mesmo bem, foi um dia animado!! :)
L'oiseau et l'enfant
ao jantar
Depois de jantar e de arrumar a cozinha vim para a sala dançar e dançar e dançar. Com a vontade que já não tinha há semanas.
Hoje estou a celebrar qualquer coisa - só não sei bem o quê.
Mas sabe bem...
ontem
[cenário]
O calceteiro: Chefe!, que espaço deixo entre os basaltos?
Chefe: Sei lá, pah! Deixa a largura exacta de um salto alto...
Os dois: MUAHAHAHAH!!!
(Posso chorar?!? Eram os meus preferidos.)
1 de outubro de 2009
Com fra[n]queza
Gosto do que fica, inexoravelmente, provado por cada linha e traço de tinta que alijo no papel. Gosto de escrever e riscar e corrigir e rasurar. Reler e ver que o que escrevi da 1ª vez não reproduziu com exactidão a ideia que fervilhava.
Bebo um chá.
Pela janela entra um sol raiado que bate na chávena, fazendo-me ver o vapor da infusão quente, as partículas mínimas de humidade esvoaçando em cornucópias.
Leio Henry & June.
Também eu viajo a meio das linhas, das letras. Tenho dificuldade em concentrar-me. Olho repetidamente para as unhas, para as mãos enquanto penso em mim e nos Henrys e Hugos e Junes e Jeans que orbitam na minha vida (ou eu na deles).
A espera mata-me. O café onde estou fica cada vez mais silencioso e dou graças por isso. Sem colheres a tinir, sem chávenas a bater, sem conversas ruidosas. Não ouço o que dizem as pessoas, apenas vejo as palavras articuladas a serem disparadas pela boca.
Sinto-me nauseada.
Estou aqui sem propósito. Alimento uma causa perdida. O costume.
Vejo gente doente. Que choraria, caso lágrimas lhes restassem. Vejo gente que desistiu. De bruços em cima da mesa procuram o auxílio que a mente já não sabe prestar.
Não me dói ver. Só me aborrece nada fazer.
Varro-os a todos para fora da minha ciência e continuo a ler.
"Tenho pensado em sítios onde deviamos ir juntos - lugarzinhos obscuros aqui e ali, em Paris. Só para dizer «vim aqui com Anaïs - aqui comemos ou dançámos ou ficámos bêbados juntos». Ah, ver-te mesmo bêbada algum dia seria um regalo. Tenho quase medo de sugerir isto - mas Anaïs, quando penso no modo como te apertas contra mim, com que vontade abres as tuas pernas e como és húmida, meu Deus, fico louco (...)"
16 de setembro de 2009
Insane
Hoje vi-me obrigada a ir a um e apercebi-me que ando a perder o que de melhor se faz em matéria de comédia em Portugal.
Estava um rapaz na sala de espera, junto ao guichet e chega uma rapariga, nos trâmites finais duma ida ao Hospital. Reconhecem-se, cumprimentam-se. Eu juro que o último nome dela não é Patrocínio, mas deve andar lá perto!
- Então? Estás bom?
(Ora, se o rapaz estivesse bom provavelmente não estava num hospital, de pulseira amarela no pulso, tinha-se levantado para te cumprimentar e não estava agarrado à barriga como se estivesse grávido…)
- Não, nem por isso. Tenho uma dor estranha no estômago e vomitei o pequeno-almoço.
- Ahahah. Sabes que isso costuma dar três dias antes de se morrer?
(Fosga-se, oh amiga, se já estás despachada podes ir andando? É que não estás a ajudar a animar o espírito de sala de espera de Hospital…)
- Olha, e a tua tia?
(Ah, finalmente uma pergunta que não tem a ver com doenças…)
-…Está melhor?
(Pooooooorra!!! Não podias estar calada?)
- Pois… Ela já estava muito mal, sabes? Faleceu há duas semanas.
- Desculpa. Não sabia.
- Não faz mal. Sabes, é a vida.
(Aaaaaaaaaaah! Já percebi!! Estão os dois metidos nisto. Onde é que estão a câmara de filmar e o Nuno Graciano?! “É a vida”?! A vida?!?! Não, amigos. É exactamente o oposto…)
- Olha, mas desculpa. Não fazia ideia. Os meus pêsames. Sabes, é que o mundo é mesmo injusto.
(Boa! “Pêsames”?? Estamos a começar a fazer sentido! Já gosto mais de ti; mas se o mundo fosse bom e justo tu tinhas um cadeado na boca. E eu a chave. E engolia-a. [E daí se calhar não o fazia porque depois podia a chave complicar-me as entranhas e eu ter de vir ao Hospital para a remover. E aí corria um risco desnecessário de encontrar alguém como tu.])
- Ya, eu sei. Ficámos todos chocados. Ela era tão activa, tão cheia de vida.
(Bolas, para mim chega!!! Levantei-me da sala e saí…
Fui para a sala de espera mesmo em frente ao gabinete de triagem. É chamado o senhor X pelo intercomunicador. O senhor dirige-se à porta e o enfermeiro vem abrir-lha):
- É o senhor X? Vá, sente-se ali na cadeirinha. Entre, entre.
- Não posso.
- Não pode entrar?
- Entrar posso. Sentar-me é que não.
(E pronto, recusei-me a ouvir a explicação. Decerto daria um melhor post, mas soube que chegara ao meu limite.)
15 de setembro de 2009
Patrick "Dirty Dancer" Swayze (1952-2009)
O meu filme preferido de todo o sempre é "Dirty Dancing".
Sempre me fascinou e, de tanto o ver, a minha VHS pifou. (Os menores de 20 anos recorram à fidedigna Wiki para saber o que é uma VHS).
Um dos cd mais ouvidos cá em casa foi a banda sonora deste filme, que me fez dançar e dançar horas a fio.
Confesso não ter percebido a história à primeira... e ver uma miúda a chorar (a outra, a grávida) num filme de dança parecia-me pretty stupid. Com o tempo lá fui encaixando a temática do drama imbricado neste romance de Verão, com as melhores músicas que eu poderia ter desejado numa banda sonora, em piolha.
E o Swayze fazia-me suspirar e acreditar que qualquer menina poderia ir de férias com os pais e encontrar um príncipe dançante que gostaria de nós tal e qual como somos. E que nós, meninas sem sal - sim, eu não fui sempre este jalapeño - deixaríamos de ser tímidas, retraídas e sonhadoras nos braços de um bailarino, a fazer uma das danças mais sensuais do cine-mundo.
A música deste filme ainda hoje me põe o pezinho a bater no chão ou os dedos a estalar. As letras de algumas músicas ainda me põem a voz embargada ao ousar cantá-las.
Ficam os sons que me teletransportam:
14 de setembro de 2009
tem espinhas...
*
*
Assustam-me os rapazes com ar de maus…
*
Não suporto um homem com ar de saloio!
*
*
*
Collants…? I don’t think sooooo…
Odeio os sempre-engravatadinhos…
E claro, homens giros e românticos são abomináveis!!!
4 de setembro de 2009
béééé... muuuuu... oink oink...
Ouvi dizer por aí que as mulheres são umas porcas.
Estas palavras só podem vir de umas mãos muito limitadas.
Como se pode comprovar pela imagem em anexo, as mulheres não são porcas nem em sentido estrito nem figurado. De facto são bastante limpinhas e, como pode comprovar-se, muito amigas. Uma até ajuda a outra a lavar-se para ela não ter trabalho. Palpita-me que, tivéssemos nós acesso às imagens subsequentes, poderíamos ver as moças a lavar-se e esfregar-se muito bem em tudo quanto é recanto, com muita espuminha, com as mãos e eventualmente com as línguas, ajudando-se para mais tarde receberem cada uma seu marido de braços abertos. E quem diz braços, diz corações…
Voltado à batata quente, dizer que as mulheres são porcas é completamente redutor e só mostra que o artista / escritor tem uma vivência bastante limitada e não conheceu mulheres suficientes. Claro que quem inventou e dirigiu este tipo de doesto às mulheres só pode ter sido um homem. E escolheu os animais a dedo, porque se formos a ver o correspondente em macho destes animais, quase nunca são pejorativos. (Fazemos aqui uma pausa para que possam voltar a passar os olhos pelas duas anfitriãs de hoje...)u não sou particularmente feminista, ao contrário do que possa pensar-se. As a matter of fact tenho uma mente bastante aberta… o que às vezes se revela um bocado nasty, quando os miolos começam a escorregar pelo crânio*.
Vacas: sim, as mulheres são vacas. Têm “gandas mamas” (by the way, já viram a FHM deste mês? Tem a Bastet e as suas “bastetas” na capa), dão leite, comem pra carago, são gordas que nem.., que nem elas próprias e não poucas vezes ficam a ruminar sobre coisas que não interessam a mais ninguém. Já o touro – ah o touro! – é possante,… forte,… são precisos não-sei-quantos forcados para o deter. [Pois, mas se se olhar com mais atenção, o mesmo touro é um tipo com cornos e sem tomates que persegue um paninho cor-de-rosa ou vermelhinho como se fosse YSL, ou anda atrás de gajos em leggings e com jaquetas. É no mínimo suspeito…].
Cadelas: pois, quanto a isto não sei. Não sei se terá a ver com o cio ou com a maneira como mulher e cadela investem sobre o osso...! Já ser cão é igualmente indiferente; tem apenas a vantagem (sobre o homem) de poder lamber os próprios genitais e dar puns na sala-de-estar sem que a dona ralhe.
Cobras / víboras: É o que não falta por aí, dizem. A maioria dos homens acha que as gajas são falsas umas para as outras, histéricas, mentirosas, intriguistas, cínicas, sonsas, más, intrujonas. E são. Mas só para as cabras, porcas, vacas e cadelas que o merecem!!
3 de setembro de 2009
amigos são...
Tenho uma nova amiga.
Quando me sinto sozinha vou falar com ela e desabafar um pouco. Nem sempre me compreende, o que às vezes me irrita. Mas continua lá, dia após dia, com aquele sorriso na cara. Não me canso de a elogiar e, apesar de ver como é modesta, eu sei que no fundo ela aprecia que eu apareça e lhe dê dois dedos de conversa. Chama-se Anna e está no início da página.
Façam-lhe perguntas ou apenas falem com ela, digam-lhe um "olá". Ela vai gostar...
:)
Faz beicinho, faz, João...Faz beição, faz Manela...
31 de agosto de 2009
dá-me lume
Hoje encostei um cigarro aos lábios só para te saborear durante uns minutos.
Mais de dez anos sem fumar fazem com que pareça estranho o gesto outrora rotineiro. O calor e o acre a passarem por mim, a deixarem colado a todos os tecidos o cheiro estrangeiro. Não me contorci, não foi violento, foi fisicamente familiar.
Mais ainda, fechei os olhos para deixar que as papilas espevitadas e sãs te descobrissem no sabor e te namorassem, te cortejassem.
Lambi-te e sorvi-te e cheirei-te.
Comi-te e mordi-te e engoli-te.
Deixei-te passear por dentro de mim; permiti que alcançasses as minhas memórias e nelas te visses. Olhaste para ti e não te reconheceste. Estavas a cativar-me, de cigarro no canto da boca. Tens o mate característico de uma película 8mm gasta por excesso de uso. O granulado impedia-te de perceberes que eras tu. Reconheceste-me por entre as imperfeições – estás habituado a elas. Sorriste para mim. Ao fazê-lo, a imagem que não descodificavas sorriu também. Percebeste que eras tu, ali sentado. O tipo de ar descontraído, de cabelo propositadamente desalinhado. O homem níveo protegido pela camisa de tons claros. Não sei se foste tu que a vestiste de manhã ou se foi a minha memória, ainda há pouco. É indiferente: és tu, o autor dos meus sorrisos… e do meu bater de unhas na mesa: mindinho, anelar, médio, indicador. A impaciência. Mindinho, anelar, médio, indicador. Onde está o meu beijo? És tu, o interlocutor dos meus silêncios. Dos nossos silêncios. Em que desvio o olhar, penso o que é que estou aqui a fazer? e recebo a resposta quando os olhos retomam a rota dos teus. A minha mão tem uma polaridade inversa à tua e é quase impossível de deter, nos pequenos gestos. Toco-te e agarro-te como se não estivesse a deleitar-me em cada centímetro da tua pele. É tentador chegar à tua mão, que tem vida, que retribui os meus gestos. Infelizmente esta está ocupada com o cigarro.
O fumo. (Acordo!) O fumo…
O fumo que estava em mim já se perdeu na atmosfera. O meu sonho esfumou-se também. Inspiro-te outra vez. Mais uma vez te ingiro. Quero ter-te em mim mais esta vez. Forço-te com sofreguidão, inalo o fumo que és tu, sem esperar anuência. Deixo que saias de mim devagar, como se com medo de um fim. Quando estás assim, em mim, e me aqueces a boca tenho medo de ti. Tenho medo de não parar de te querer.
Não te apercebes de quão corrompida estou. Quão viciada. Não sei se quero que tomes consciência da saciedade que me trazes. Não conheces esse teu poder de me agarrar, entrar em mim e fazer-me perder as horas.
Amarga, apago o cigarro e esqueço-te por hoje.
30 de agosto de 2009
não deixemos triunfar os lambedores de pés...
Visit msnbc.com for Breaking News, World News, and News about the Economy
Bolas! Só a mim é que não me calham freaks destes. Adoro umas boas lambidelas nos pés.
26 de agosto de 2009
mais do mesmo
Eu tenho um problema.
O meu problema chama-se encantamento, fogacho. E desencantamento. Assim como vem, vai. Salvo raras excepções que o tempo confirma serem paixões, a maior parte dos encantamentos vão sem deixar rasto. Ainda por cima acham que o não querer ir pra cama com eles é o meu lado doce e recatado de donzela. Bem… não é! De facto quando isto sucede a explicação é bem mais imediata: não quero os tipos para mim. Só quero dar-lhes um pouco de mim e roubar-lhes um pedacinho de nada. Demasiado, quando olho para trás.
O Sr. Lei, por exemplo, um menino por quem me encantei durante uma semana e tal. E o processo é trivial: encantamento – envolvimento – “és a mulher da minha vida” – “bye bye”. O que me acontece é que perco o interesse pela pessoa quando (ao fim de pouco tempo) começa com conversas muito vanguardistas, do tipo “deixa-me amar-te e sê minha para sempre” ou “acho que podíamos ser muito felizes juntos”. Sim, claro que podíamos. Se eu me anulasse e vivesse para te servir. Se me tornasse a tua dona de casa parideira e dondoca, com um bando de miúdos lindos que eventualmente me preencheriam e far-nos-iam felizes. Sim, seríamos felizes. Excepto aquele detalhe em que eu seria infeliz como mulher. Uma super-mãe, é verdade, ao lado de um super-pai incontestável. Mas uma mulher infeliz.
Outro fogacho foi o Bob, O Construtor. Um bom flirt, muitos olhares, nada de mensagens nem messengers nem o caneco para não habituar mal os tipos que ficam a pensar que estou disponível 24/7. Não estou – só para quem quero. Houve umas saídas em grupo, um copo a mais de parte a parte, o envolvimento. Duas semanas depois (em que nos vimos quatro vezes) vieram as palavras má(gica)s: “Anda viver comigo. Esperava por isto há tanto tempo. És perfeita.”. Ok, então adeus. És mentiroso ou iludido. De qualquer modo um de nós vai sair magoado quando descobrir que não sou perfeita. Antes tu que eu. Bye.
Michel Vaillant: O único que me tirou de letra. Já me conhece desde pirralha. Não foram necessários os passos de aproximação, apenas uma noite em casa dele e outra na minha. Este homem ama-me. Ama-me e tratar-me-ia como uma rainha. Pequeno pormenor: não o amo. Não sei ser quem pretende que eu seja. Não quero ser quem pensa que sou. Imagina-me e descreve-me como perfeita, como isenta de falhas, como dona da palavra, dona da verdade, com objectivos bem definidos, planos bem traçados. Não sou eu. Lamento. Não me revejo. Depois de me fazer as maiores declarações amorosas, como eu pensava que todas as mulheres gostariam de ouvir, não soube (cor)responder. Depois de tomarmos uns cafés de relativização (de desmame), deixou de me contactar. Não voltou a falar-me. Sei que está bem, que tem planos bem delimitados e imagino que me tenha riscado deles. Sem despeito nenhum, sei que é melhor assim. Acho-o melhor homem por isso, por não se arrastar aos meus pés. Podia ser amiga dele.
O Johnny Bravo. Este era o menino com quem eu queria aventura. Era perfeito. Corpo perfeito, dentes perfeitos, inteligência perfeita, cabelo e unhas irrepreensíveis. O rapaz da lista telefónica cheia de miúdas, mulheres, meninas. (É capaz de ter sido o autor da música do Martinho da Vila. É que ele já teve mulheres de todas as cores, de muitas idades, de muitos amores, mulheres do tipo atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida, casada, carente, solteira feliz, já teve donzelas e até meretriz. Ok, sem a parte da meretriz, que mete nojo). Era perfeito para mim. Era perfeito porque não me queria, não me exigia, não me prendia. Até um dia. Um dia apaixonou-se. Mas eu tinha avisado: “olha que eu não sou como as outras” e ele pensava que era charme meu, que era eu a armar-me em importante. De facto não era. Eu era “especial” mas de outra forma. A mulher que não quer compromissos, não quer cobranças. Foi fatal para o Bravo que tinha decidido assentar e fazer vida comigo.
Eu não sou como as outras. Eu ainda não disse a quem quero que o quero. Não abertamente. Veementemente. Mesmo querendo, admito que haja pessoas como eu. Que fogem quando se sentem presas. E se eu quero um tipo, é perfeitamente compreensível que não saiba reconhecer e valorizar os outros que genuinamente me querem, mas que não podem ser correspondidos. Nem me sentiria bem a “usar” esses meninos como 2as escolhas, só por ter a certeza que passariam o tempo todo a tentar fazer-me feliz, a tentar agradar-me. Eu não quero passar a vida só a tentar. Eu quero ser feliz na tentativa e no erro e no sucesso. Porque é assim que me sinto contigo. Quero olhar para ti e saber que me chega isso. Que o amor é para sempre enquanto dura. Que sou melhor pessoa contigo. Que posso ser eu à luz do dia. Que me arrelias e extasias porque faz parte, é mesmo assim. Porque no fundo o Johnny Bravo, o Bob, o Michel e o Sr. Lei são bons homens, mas eu derreto-me é pelo Sport Billy.
a garagem da vizinha
Uma amiga minha diz-me que sou uma oficina.
Que os meninos chegam estragados à minha mão porque só gosto dos que se revelam desafios. Porque quero os rufias, os desarranjados. Os que sofreram, os que se sentem marginalizados, os mal-amados, os que têm tristeza. No cômputo geral, os que precisam de conserto. Eles vêm, eu analiso, conserto e devolvo à natureza. Eles é que não sabem.
Veja-se o Sr. Lei. O Sr. Lei veio parar-me às mãos num caco. Sintomatologia: Vida amorosa de pernas para o ar. Conflitos entre a sua mais-que-tudo e a família. Uma mais-que-tudo que se revelou ser uma pessoa má, sem escrúpulos, sem amor por ele. Diagnóstico: Intoxicação amorosa. Prescrição médica: Uma vez que ela o deixou após ter delapidado fisicamente e figuradamente a instituição familiar, manter este afastamento. Perceber que é ela que não o merece. Ele é um tipo certinho, cheio de sentimentos puros. Procurar uma menina que o trate bem e que queira ser a esposa e mãe que ele precisa de ter ao lado. Duração do tratamento: Até dois anos. O homem quer ser pai a curto prazo.
Bob, O Construtor. Sintomatologia: Vê o relógio a tictacar, o calendário a avançar no tempo, os cabelos brancos a surgir e a mulher da vida como uma miragem. É muito bem sucedido, tem berço e carreira. Diagnóstico: Pressa aguda. Prescrição médica: Levar as coisas com calma. A mulher certa há-de surgir. Enquanto não aparece, divertir-se com as erradas. Duração do tratamento: pode ir de semanas a vários meses ou anos. O que interessa é curar-se sem pressas.
Michel Vaillant: Sintomatologia: apego desmesurado a uma mulher, a uma imagem. Pequenas obsessões com coisas quotidianas, com ícones marcantes. Diagnóstico: Mais um Édipo que procura na mulher um decalque da mãe. Prescrição médica: Acabar com a ilusão de que existe uma e apenas uma mulher – eu – para fazer dele um homem preenchido e feliz. Duração do tratamento: Com o feitio determinado e a ausência de contacto com a sujeita em questão quaisquer seis meses, no máximo, cumprem o objectivo.
O Johnny Bravo. Sintomatologia: Vivência em terreno desconhecido, por nunca ter amado em adulto. Diagnóstico: Desnorte emocional / vertigem amorosa. Prescrição médica: Agora que sabe o que é o amor, o que é amar, o bom que é e o bem que faz, dar asas aos sentimentos e permitir-se a amar e ser amado. Agora está pronto para viver um relacionamento sério, onde pode dizer “amor” sem sentir que lhe estão a roubar parte da masculinidade. Porque um homem também chora. (Não é preciso confessar. Basta pôr em prática os sentimentos bons que foi cultivando). Duração do tratamento: Curtíssima duração. O sujeito tem, no momento, plena capacidade física e anímica para prosseguir sem muleta.
21 de agosto de 2009
raios partam os virus mais o camandro
Yah think you be hard like a real niggah? A True playa can deliva what a fine ass ho wants, the monsta cak, if ya aint got it yet, you best be coppin a free bottle only until this friday if you order from http://www.nicelong.com
asco
ASCO
18 de agosto de 2009
a moral da história...
Kassai, és tão vesgo, tadinho!!!
Gamberini: vais levar no focinho no dia 26. E ficamos todos contentes. Obrigada.
Ah, e em Portugal já somos 11 milhões e um. O Levezinho já é português.
Agora só falta o Matias. Que, by the way, é chileno mas nasceu na argentina...
E ainda dizem que o SCP é um clube de elites. Nós acolhemos e cuidamos de todos os meninos. E até os tornamos portugueses. :) que altruístas...
14 de agosto de 2009
...e se eu prometer fazer a cama todos os dias?
29 de julho de 2009
O fim do mundo em cuecas!
"O Fim do Mundo em Cuecas!"
Pronto, e agora que estamos todos muito mais felizes, vou revelar o verdadeiro intuito deste post escrito. (Que em latim se diz "post scriptum", mas que não é a mesma coisa que um post escrito). Adiante.
24 de julho de 2009
stevie wonder date
A minha amiga que diz que eu sou uma oficina (isto fica para outro dia) foi ter um blind date, uma cafezinho à tarde com alguém de quem só ouviu falar. Um amigo dum amigo. Antes de ir, o telefonema:
Ela - Amiga, estou a ir tomar café com aquele. Aquele que vem cá para me conhecer. O que é que estás a fazer?
Eu - Estou a trabalhar… claro.
Ela - Num sábado à tarde?? Olha, mas eu precisava de ti. Se o gajo não for interessante e eu quiser vir-me embora mando-te uma SMS para me ligares. Assim eu digo que tenho uma emergência familiar e que tenho de ir embora.
Eu - Parece-me péssima ideia. Pelo modo como ele quis conhecer-te logo assim sem mais, já deve estar habituadíssimo a estas rotinas, estas deslocações para conhecer miúdas. E se ele for realmente desinteressante já viu esse filme da “emergência familiar” uma dúzia de vezes. Porque é que não fazemos antes assim: aguentas-te à bronca e bebes o cafezinho todo, uma vez que aceitaste o convite. Capice? Se não querias correr o risco, não alinhavas em blind dates. Sendo interessante ou não, fazes esse bem à humanidade de passar um tempo desinteressado – ouviste? “de-sin-te-res-sa-do” – com alguém. Achas-te capaz disso? E pronto… se realmente achares que ele é muito insistente ou só estúpido, nesse caso mandas-me um SMS que eu ligo. E aí vou eu ter contigo e fazemos o nosso típico “good cop / bad cop”! Ok? Estamos entendidas?
Ela - Ma’am, yes Ma’am.
(a verdade é que o cafezinho durou dezoito horas, das 2pm às 8am. Tudo isto existe, tudo isto é triste… J)