20 de novembro de 2008

torga

É instrutivo ver os vários retratos que fazem de nós pela vida fora. Com traços lisonjeiros ou desagradáveis, entram-nos sempre pelos olhos dentro como estranhos, a perturbar uma paz que tinha um rosto habitual, familiar, a que estávamos acostumados. À imagem tranquila, sobrepõem-se outras inquietantes que não servem no cartão de identidade, e, contudo, nos identificam publicamente mais até do que a que nele figura. É que não se trata de neutras fotografias. São perfis apaixonados, justos ou injustos, com as virtudes e os defeitos cruamente patenteados.
Quem um dia nos lembrar, é por eles que nos lembra.

Somos o que nós sabemos, e parecemos o que os outros dizem de nós.

3 comentários:

Maria Prazeres disse...

É bem verdade essa última frase...

VOLTEI :)

Beijinhos linda

pensar disse...

Muito boa.e todas sao partitura da nossa vida, mesmo que algumas queremos rasgar.
Bjs

J. Maldonado disse...

Não podemos agradar a gregos e a troianos...