Ena pá!
Não há fome que não dê em fartura! Tenho alguma coisa escrita na testa? [Provavelmente tenho, mas nos meus espelhos não aparece].
Desamparem-me a loja, por favor!
Isto deve ser da época natalícia.
“Toma lá estes presentes”, deve ter dito o menino Jesus – sim, porque para mim não há cá barbudos barrigudos! É o menino que desce da manjedoura onde passa, estirado, 364 dias/ano, mostrando-se ao mundo e subornando os fiéis com modestos presentinhos. E nós, tontos, portamo-nos bem durante todo o ano por causa de bombons, coisas pró enxoval e ricos envelopes?!
E que belos presentes antecipados este ano, oh Jesus!? Deves andar com as prioridades trocadas. Ou tens uma secretária muito pouco eficiente, porque o post-it com esse pedido já criou mofo!!! Se eu fosse esperar, o melhor era fazer-te companhia nas palhinhas!
Agora não estou a precisar de homens. Agora podia ser outra coisa qualquer… mais material. Sei lá o quê. [Mas algo que dê para pôr debaixo da árvore e abrir na noite de consoada em que os adultos vão à missa do cocorócocó e os jovens (onde me incluo) ficam a ver o “Home Alone” pela octogésima quinta vez].
Agora… não me dês tipos a magote! Ao quarto de dúzia é “mai barato”?
Um amigo dum amigo já apelou ao toque. O excesso de toque por desconhecidos inquieta-me. Se houver anuência epidérmica desencadeio eu o processo, não a outra pessoa!! Afinal quem é que manda?
Outro, agora diz que está apaixonado. Ah e tal, os sentimentos. O quê? Mas conheces-me de algum lado? Sentimentos desses? Vá, chega-te para lá! Não sou a mãe dos teus filhos, lamento. Nem sei se vou ser dos meus! E não estou disponível para compromissos. É exactamente deles que pretendo proteger-me. Pretendo ficar imune durante uns tempos, para desintoxicar. Já tomei a vacina e tudo. Como não estava disponível no Plano Nacional de Vacinação saiu-me do bolso [leia-se “lombo” ou “pêlo”]. Ainda estou a pagar por ela… às prestações.*
O outro é um conhecido de há praí cinco anos, de quando eu ainda era pita. Sazonalmente vai apontando na minha direcção a ver se me acerta com uma chumbada. Invariavelmente não. Mas como está aberta a época de caça, aquela estrela de cinema treina a sua pontaria.
“Pró Natal, o meu presente, eu quero que seja…
…a minha agenda, a minha agenda tururururu!”
*As minhas metáforas nem sempre são as melhores, mas fazem-me tanto sentido na cabeça que não as usar retirava metade da riqueza do meu pensamento. “Riqueza” ou “alienação”. Uma das duas.
7 comentários:
Que mau feitio tu tens! Não sejas assim! :D
Onde está o teu espírito de tolerância natalício? :))
Eu já tinha apelado ao espírito dos "favores em cadeia" http://oblogdemarte.blogspot.com/2008_10_01_archive.html#6380417155888551003 há uns tempos. Ninguém ligou. Ninguém quis saber!! Ehehehe!
Agora olha. Querem bolinhos? Nem pensar. Ou é em prol duma causa maior ou então nada feito! :D
Tás fixe, maldonado?
Que andas tu a congeminar para o natalinho?
Beijos de Marte
Realmente ninguém fez caso do que propuseste. Mas, se me tivesses pedido, eu ter-te-ia ajudado... ;)
Tens que insistir no assunto num próximo post e deixar o teu contacto, de preferência telefónico... :)
Eu tou fixe e, como sempre, continuo dissidente do Sistema. Não ando preocupado com o Natal, pois o mesmo é algo que me passa ao lado... É uma data que só beneficia o comércio e a Banca...
Mas Maldonado, há que impulsionar a economia! :) Eu já fiz a minha parte...
Bjo
Eu quero é que a economia capitalista se foda, parafraseando o defunto João César Monteiro...
Eu também quero que ela se fecunde, desde que não me fecunde a mim...!! :)
(pronto, já te acirrei o sistema nervoso central)
:p
Sou demasiado Zen para que o meu sistema nervoso central fique acirrado... :)
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