7 de dezembro de 2008

nails

Noutro dia fui “arranjar” as unhas.

E “arranjar” deve realmente ficar entre aspas porque é muito discutível se ficaram melhores do que quando entrei no salão.

Ora bem… Não tenho nada contra os emigrantes (eheheh, frase típica de quem vai desancar alguém!) mas (e tem sempre de haver um “mas”) foi uma senhora de leste que me tratou das mãos. Não me preocupei minimamente – qualquer um sabe limar e pintar unhas, pensei. [Rapazes, pensem numa grosa e num pedaço de madeira. Ok, é a mesma coisa. E a aplicação de verniz também é igual nas unhas como no tampo de uma mesa. Same shit.]

Voltando à gaja de leste, estive mais (pre)ocupada a mirar as suas raízes do cabelo, a observar se o chão estava limpo, a olhar para a velhinha que lá deve ir todas as 3as à mesma hora dormir enquanto lhe armam a juba e ruborizam os cascos. Ou seja, estive atenta a tudo, menos às minhas mãos.

Quando a rapariga me diz que o serviço está pronto, olho para as minhas mãos e… estavam uma caca! O pior é que ela estava felicíssima com o achievement e eu não soube senão fingir que eram do meu agrado.

Devo confessar que pedir uma manicure francesa a uma russa em território português é demasiado pastiche para resultar, mas só quando saí do salão é que percebi, e desatei a rir:

“Pois claro! Provavelmente a mulher é astrofísica, ou neurocirurgiã. Que raio iria saber ela de manicure?”

6 comentários:

Anónimo disse...

Se for um Português da construção civil a fazer uma cozinha italiana na Inglaterra já não há problema?! Desta vez tenho que te dar negativa!

J. Maldonado disse...

As unhas arranjadas recorda-me uma private minha... :))
Ou és muito exigente ou então a senhora não percebeu o que tu querias... se calhar o seu português é muito básico...
Ainda bem que não foi depilação, senão estavas bem arranjada... ;)

Cat disse...

Vê bem que ficaste foi com umas unhas internacionais! Mal arranjadas mas internacionais. :D

de Marte disse...

Oh anónimo, pah,
:(
fico triste por não ter conseguido fazer chegar a mensagem principal: o subaproveitamento desta tipa que só faz o que faz porque tem de ser. De certeza que tem formação noutra área, e que é tão boa ou melhor do que as pessoas a quem apara os cascos.
E tu conheces-me. Sabes que se eu tivesse algum intuito obscuro (seja xenófobo ou outro) tinha procurado concretizá-lo de modo tão politicamente correcto, que não levantaria suspeitas.
Tá anotada a ginja, embrulhada e já levei pra casa! :)
Como és tu a ginjar, limpo o suor da testa, suspiro e fico aliviada por não me reconheceres na linha de pensamento que julgas ter encontrado aqui. Realmente essa não seria eu.


Maldonado,
não sou eu q sou exigente. Sou é distraída. Pus-me a olhar pra tudo e n liguei à rapariga.
Se fosse depilação acho que tinha dado conta. (ouvi dizer que dói...)


Catwoman,
oh yeah. Era aí q queria chegar com a piada das nacionalidades. Multiculturalismo ao rubro.

Aos três visitantes uma vénia e beijos de Marte.

osbandalhos disse...

Por que damos tão pouca importância à sorte? Há algumas senhoras de leste que fazem mais maravilhas com as mãos, do que nelas. Outras, não. Terá sido uma?

de Marte disse...

osbandalhos,
posso dar-te a morada e tiras as provas - e as medidas. (adianto-te já que não me pareceu o género, mas pode ser que encontres o amor verdadeiro!)
:)
E BOA SORTE! (Não dês pouca importância à sorte...)

Beijos de Marte