Não sei em que medida prefiro ser solteira ou amantizada.
É-me extremamente penoso ser fiel, mas ser "sozinha", provavelmente, custa-me mais.
Principalmente agora, passados anos, em que a minha relação actual é tida como perenemente garantida para toda a gente à minha volta... menos para mim.
Agora apetecia-me era acabar com os constrangimentos e deixar o meu corpo fluir pela energia que recebo de alguns tipos. Explorá-los. Saber o que me excita, o que me atrai em cada um deles.
Um é o pai/marido que sempre quis. Moldável, solícito, insaciável, inteligente. Bons genes, portanto.
Outro é exótico, esbelto, inteligente. Mais genes cheios de categoria.
Mas nenhum como este: é frágil, mas durão. Dá vontade de abraçar e cuidar. Dizer-lhe "no pasa nada", que tudo vai correr bem, que não precisa de se defender do mundo. Este tem genes de excelência.
O melhor de tudo é que não quero os genes deles pra nada.
Só quero sentir-me saciada. E quero saber discernir a fantasia da realidade, as realidades efémeras das perenes. Ainda que não saiba se alguma delas me preenche.
Que confusão.
Acho que vou começar a descobrir isso hoje...
Será?
2 comentários:
As relações actuais estão rigidamente moldadas por convenções e conceitos anacrónicos.
Porque será que temos que obrigatoriamente ter uma relação comprometida? Porque será que não podemos viver os nossos afectos duma forma descomprometida?
Enfim, dúvidas existenciais... ;)
Maldonado,
se soubesses as horas de sono que já perdi a pensar nisso...
O mais tramado é que quero fazer o "certo" - não o socialmente correcto, mas o "pessoalmente indolor", ou o que mais se aproxime disto. Não quero magoar ninguém, mas sei que quase ninguém me compreende quando digo que sou capaz de amar várias pessoas ao mesmo tempo.
É demasiado confuso! :D
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