Perguntaste-me se estava bem disposta. "Sim", respondi instintivamente. Só me convenci da resposta quando me deste a mão e toda eu fui desejo. Soube, ali, que era tua. Só pensava na tua boca.
Apaguei a tv.
Comecei a desapertar-te a camisa e a sentir-me quente. Parei, inspirei e deixei-me encaminhar pelos sentidos. “Cheiras a céu”, pensei.
Fiz a tua pele deslizar sob os meus dedos sôfregos. Tremi e contraí-me.
Deixei o meu corpo aproximar-se do teu aos poucos, hipnotizado pelos beijos quentes e carinhosos. Fazia sentido. Tudo fazia sentido. Naquele silêncio a tua respiração começou a marcar o ritmo do meu corpo. Com as minhas mãos entrelaçadas nas tuas senti-me flutuar. (Gosto de ficar assim, amarrada a ti pelos dedos).
Sem mapa descobriste cada centímetro de pele, levando demasiado tempo, o suficiente para me deixares descontrolada. A cada beijo a minha boca perdia as referências e seguia-te cegamente, deixando que a mordesses e lambesses sem decoro.
Quando as respirações encontraram a cadência uma da outra deixei o teu corpo tomar conta do meu.
De olhos fechados fingi que eras só meu. Senti as tuas mãos de fogo a percorrerem-me o corpo provocando ondas de arrepios. Quando te abracei senti a cabeça cair instintivamente para trás e os olhos a não aguentarem ficar abertos – eu estava a amar-te. Permanecemos assim até estarmos exaustos e imóveis.
Encostada ao teu ombro, ensonada e feliz, vi o teu olhar pousado num ponto, absorto. Continuei a olhar-te crente que ia conseguir adivinhar o que pensavas. Acabei por adormecer.
5 comentários:
Que descrição tão intensa! Gostei. Até já estou a visualizá-la...
PS: Passa lá pelo meu tasco, sff, pois tenho um desafio para ti... ;)
Ya, tb a visualizei...
:P
Ya, tb a visualizei...
:P
visualizei e devo ter tido um dejà vu... :D
(gomorra transmutada...)
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