10 de outubro de 2008

Perguntaste-me se estava bem disposta. "Sim", respondi instintivamente. Só me convenci da resposta quando me deste a mão e toda eu fui desejo. Soube, ali, que era tua. Só pensava na tua boca.

Apaguei a tv.

Comecei a desapertar-te a camisa e a sentir-me quente. Parei, inspirei e deixei-me encaminhar pelos sentidos. “Cheiras a céu”, pensei.
Fiz a tua pele deslizar sob os meus dedos sôfregos. Tremi e contraí-me.

Deixei o meu corpo aproximar-se do teu aos poucos, hipnotizado pelos beijos quentes e carinhosos. Fazia sentido. Tudo fazia sentido. Naquele silêncio a tua respiração começou a marcar o ritmo do meu corpo. Com as minhas mãos entrelaçadas nas tuas senti-me flutuar. (Gosto de ficar assim, amarrada a ti pelos dedos).

Sem mapa descobriste cada centímetro de pele, levando demasiado tempo, o suficiente para me deixares descontrolada. A cada beijo a minha boca perdia as referências e seguia-te cegamente, deixando que a mordesses e lambesses sem decoro.

Quando as respirações encontraram a cadência uma da outra deixei o teu corpo tomar conta do meu.

De olhos fechados fingi que eras só meu. Senti as tuas mãos de fogo a percorrerem-me o corpo provocando ondas de arrepios. Quando te abracei senti a cabeça cair instintivamente para trás e os olhos a não aguentarem ficar abertos – eu estava a amar-te. Permanecemos assim até estarmos exaustos e imóveis.

Encostada ao teu ombro, ensonada e feliz, vi o teu olhar pousado num ponto, absorto. Continuei a olhar-te crente que ia conseguir adivinhar o que pensavas. Acabei por adormecer.

5 comentários:

J. Maldonado disse...

Que descrição tão intensa! Gostei. Até já estou a visualizá-la...


PS: Passa lá pelo meu tasco, sff, pois tenho um desafio para ti... ;)

de Marte disse...

Ya, tb a visualizei...
:P

de Marte disse...

Ya, tb a visualizei...
:P

de Marte disse...

visualizei e devo ter tido um dejà vu... :D

de Marte disse...

(gomorra transmutada...)