8 de março de 2010

E hoje é o dia de quem?, de quem? Das muchachas, muito bem. Cutchi cutchi...

(pré-scriptum: O texto começou por se chamar "A origem do mal", mas reparei que era o Dia da Mulher e pronto, nada houve a fazer...)


Ora, é sobejamente conhecida a minha costeleta maniqueísta*. Assim, vejo a “luz” no homem; inevitavelmente encontro a “treva” na mulher. O meu machismo parolo já me trouxe alguns dissabores, claro, mas com os meus recalcamentos posso eu bem. Acho.
O que estou a tentar teorizar aqui é o princípio do fim: quando é que começámos a afundar-nos? Nós, como espécie, como sociedade(s)? 
A resposta é clara: quando as mulheres ousaram emancipar-se.

Primeiro, direito de voto! 
Hein?! Para quê, suas estúpidas?! Nós lá queremos ter responsabilidade pelo estado do país… Ca burras, valha-nos Rá!!! Ainda se fosse para eleger várias Pintasilgo, compreendia-se. Agora… Sócrates e Portas e Rebelos de Sousa e Jerónimos? Somos umas tristes...

Entretanto, trabalhar fora de casa. Ganhar o próprio sustento. What?? Quem é que teve tão miserável ideia? Para que servem os homens então, há resposta? Não é só para fazer filhos, não senhoras! É para sustentarem as esposas, os filhos, as Bimby, as idas à terra, os passeios, os cabeleireiros, os vestidos, as collants, as lingeries e os vernizes (que, em vez de Riské, devem ser Chanel).

Outra coisa que me apoquenta: termos carta de condução. Podermos deslocar-nos livremente por todo o lado, a toda a hora. Isso implica poder ir ao supermercado, tontas!!! Deixem o Modelo e o Continente para os gajos. Façam a lista e nada mais. Deixem que seja o macho-alfa a ir tratar das coisas chatas. Afinal os bíceps desenvolvem-se neles com mais facilidade que em nós por alguma razão… (Não é só para levantar copos com a esquerda e masturbar com a direita! Tem de haver uma razão mais… palpável, digo eu).

É que os problemas subsequentes podem ser do mais variado tipo, como por exemplo o desemprego! 
Está bem que quando os homens foram pra(s) guerra(s) alguém tinha de tocar o país pra frente, mas depois disso devíamos ter voltado para casa e pronto. 
Ou seja, se as mulheres ficassem todas em casa a desovar fedelhos e zelar pelo seu bem-estar, suturar meias e branquear fraldas sobrava emprego para todos os homens e até para as gajas de barba rija – já lá iremos! Mas nãaaao… “Nós queremos ganhar o nosso dinheiro e tal.”… e no que é que dá? Andamos com problemas de empregabilidade, temos as gajas a laborar de sol a sol e ainda a  quererem frequentar universidades ou até pensar que podem ter carreiras de topo. Acham isto normal? Andar fora de casa o dia todo, sabe-se lá a fazer o quê...?

Também nesta altura, em que os homens partiram para a guerra, começaram as gajas a ser muito amiguinhas umas das outras, desleixando-se com as depilações e com a manicure, com a maquilhagem e com as ‘grifes’. E porquê...?
Porque se para um homem a mulher é um bicho misterioso e é possível ludibriá-los uma vida inteira, sem que se apercebam que temos pêlos exactamente onde eles têm e que (sem maquilhagem) temos borbulhas na cara tal e qual como eles, se o parceiro for uma parceira não há essa necessidade porque passamos todas pelas mesmas situações e não há como enganá-la. É um amor mais afectuoso, mais autêntico.
Fica provado que a fonte do lesbianismo (e não estou a falar dos fetiches das gémeas-colegiais, mas antes das camisas xadrez de flanela), – dizia eu – a fonte do lesbianismo está nesta ausência prolongada dos maridões que deixaram de prestar assistência rotineira e passaram à assistência em escala. 

Com efeito, coincidiu com a época da saída dos chefes de família a proliferação dos vibradores nos lares, ao ponto de serem, no século passado, mais abundantes que os próprios ferros de engomar. (E bem, digo eu, porque o ferro de engomar é um bocado volumoso para a maior parte de nós). Com efeito, hoje em dia tenho dois ferros de passar e apenas um vibrador. Parece-me um rácio muito infeliz. Com efeito, dou mais uso a um que aos outros.  





*Fónix, vão procurar, que eu não sou vossa professora.

11 comentários:

afectado disse...

fantástico, again!

de Marte disse...

Eheh. Sabes o que é lindo? Que das últimas duas vezes que fiz estes exercícios patéticos de "falar mal" das mulheres perdi dois seguidores! Eheheh, acho brilhante perder seguidores coincidentemente depois dos posts sobre a condição feminina. :) Fica provado que as pessoas tinham feito um erro de casting ao seguir este blog.

Este blog não é para velhos... :P

Cirrus disse...

Vou já a seguir!!!

;)

Mulheka disse...

Ora eu estou inteiramente contigo!
É que se as cisas fossem como antes, eu não tinha que levantar o cu da cama às 5h30 da matina, para às 7h estar no trabalho. Onde é que isto já se viu?

de Marte disse...

Cirrus,
não te vás, pah. Dpx quem é que faz as picardias aqui cmg, hein? :)

de Marte disse...

Mulheka,
5h30? :( ui... doloroso...

Mulheka disse...

Vá, quem diz 5h30, com os vários "só mais 5min, só mais 5min", vai até às 6h. Depois é sempre a correr, claro :D

Gonçalo disse...

Eu sei que a vagem de Marte ao Porto ainda é lomga, mas que dizes à minha proposta: II Encontro Nacional de Blogueiros no dia 27 de Março?

A tua presença faz a diferença. Pensa nisso ;)

Beijinhos***

Denise disse...

Bom de mais da conta

brinco sempre dizendo que adoraria bater naquelas que queimaram os tais sutiens (rs)
e viva a docilidade e a condição feminina,viva tb os vibradores (rindo)

adorei!

caditonuno disse...

Voltei... finalmente! Confesso que já tinha algumas saudades, mas andava a adiar a "coisa". Agora deu-me na panca e já estou pela blogosfera novamente.

Vou ainda mudar algumas coisas, mas será quando eu tiver mais um pouco de calma, pois o trabalho vai apertando.

Quando quiseres aparece pelo meu blogue. Fico à tua espera.

Spica disse...

Minina, dá nótxicia!