16 de setembro de 2009

Insane

Não sou muito amiga de hospitais.
Hoje vi-me obrigada a ir a um e apercebi-me que ando a perder o que de melhor se faz em matéria de comédia em Portugal.
Estava um rapaz na sala de espera, junto ao guichet e chega uma rapariga, nos trâmites finais duma ida ao Hospital. Reconhecem-se, cumprimentam-se. Eu juro que o último nome dela não é Patrocínio, mas deve andar lá perto!
- Então? Estás bom?
(Ora, se o rapaz estivesse bom provavelmente não estava num hospital, de pulseira amarela no pulso, tinha-se levantado para te cumprimentar e não estava agarrado à barriga como se estivesse grávido…)
- Não, nem por isso. Tenho uma dor estranha no estômago e vomitei o pequeno-almoço.
- Ahahah. Sabes que isso costuma dar três dias antes de se morrer?
(Fosga-se, oh amiga, se já estás despachada podes ir andando? É que não estás a ajudar a animar o espírito de sala de espera de Hospital…)
- Olha, e a tua tia?
(Ah, finalmente uma pergunta que não tem a ver com doenças…)
-…Está melhor?
(Pooooooorra!!! Não podias estar calada?)
- Pois… Ela já estava muito mal, sabes? Faleceu há duas semanas.
- Desculpa. Não sabia.
- Não faz mal. Sabes, é a vida.
(Aaaaaaaaaaah! Já percebi!! Estão os dois metidos nisto. Onde é que estão a câmara de filmar e o Nuno Graciano?! “É a vida”?! A vida?!?! Não, amigos. É exactamente o oposto…)
- Olha, mas desculpa. Não fazia ideia. Os meus pêsames. Sabes, é que o mundo é mesmo injusto.
(Boa! “Pêsames”?? Estamos a começar a fazer sentido! Já gosto mais de ti; mas se o mundo fosse bom e justo tu tinhas um cadeado na boca. E eu a chave. E engolia-a. [E daí se calhar não o fazia porque depois podia a chave complicar-me as entranhas e eu ter de vir ao Hospital para a remover. E aí corria um risco desnecessário de encontrar alguém como tu.])
- Ya, eu sei. Ficámos todos chocados. Ela era tão activa, tão cheia de vida.
(Bolas, para mim chega!!! Levantei-me da sala e saí…

Fui para a sala de espera mesmo em frente ao gabinete de triagem. É chamado o senhor X pelo intercomunicador. O senhor dirige-se à porta e o enfermeiro vem abrir-lha):
- É o senhor X? Vá, sente-se ali na cadeirinha. Entre, entre.
- Não posso.
- Não pode entrar?
- Entrar posso. Sentar-me é que não.

(E pronto, recusei-me a ouvir a explicação. Decerto daria um melhor post, mas soube que chegara ao meu limite.)

15 de setembro de 2009

Patrick "Dirty Dancer" Swayze (1952-2009)


O meu filme preferido de todo o sempre é "Dirty Dancing".
Sempre me fascinou e, de tanto o ver, a minha VHS pifou. (Os menores de 20 anos recorram à fidedigna Wiki para saber o que é uma VHS).
Um dos cd mais ouvidos cá em casa foi a banda sonora deste filme, que me fez dançar e dançar horas a fio.
Confesso não ter percebido a história à primeira... e ver uma miúda a chorar (a outra, a grávida) num filme de dança parecia-me pretty stupid. Com o tempo lá fui encaixando a temática do drama imbricado neste romance de Verão, com as melhores músicas que eu poderia ter desejado numa banda sonora, em piolha.
E o Swayze fazia-me suspirar e acreditar que qualquer menina poderia ir de férias com os pais e encontrar um príncipe dançante que gostaria de nós tal e qual como somos. E que nós, meninas sem sal - sim, eu não fui sempre este jalapeño - deixaríamos de ser tímidas, retraídas e sonhadoras nos braços de um bailarino, a fazer uma das danças mais sensuais do cine-mundo.
A música deste filme ainda hoje me põe o pezinho a bater no chão ou os dedos a estalar. As letras de algumas músicas ainda me põem a voz embargada ao ousar cantá-las.
Ficam os sons que me teletransportam:



14 de setembro de 2009

tem espinhas...

Odeio homens preguiçosos.


- É amanhã que começo o projecto!!


*

Dá-me repulsa aquele tipo de gajo que é pura e simplesmente rufia…

- Se o tipo olha para ti outra vez dou-lhe cabo do canastro!

*

Fico doida com os homens que teimam em não compreender qual é o papel deles em casa.

- Querida, deixa que eu lavo. Logo depois de cozinhar, varrer, aspirar e limpar os vidros!

*

Assustam-me os rapazes com ar de maus…

(Não te aproximes que mordo!)

*

Não suporto um homem com ar de saloio!

- E aí, garota? Ocê vai vortá pras Europas? Manda cumprimento, vici?

*

O quê? Usar mais cores e acessórios que eu? Epah, isso é de mais!

- Querida, viste o meu scarf tigresse? Este terracota não vai nada bem com o meu slip malva…

*

Aaaaaaai que raiva, os tipos que parecem uma coisa e são outra!

- A Kika? A Kika é só uma colega. (cof cof) Acho que já te falei dela…


*

Collants…? I don’t think sooooo…



- Ai que comichão, mulher!

*

Não gosto nada de ver aqueles colares enooooooooormes no pescoço dos meninos.

(Ai, Lelo!)


*

Odeio os sempre-engravatadinhos…
- Ouça, bombom, não me amachuque o blazer com esses abraços todos. É Zegna, sabia? Vá, então deixe-me tirar as calças e dobrar bem os vincos…


*

E claro, homens giros e românticos são abomináveis!!!

(SUSPIRO)
E mesmo chamando-se Reinaldo – com “y”, claro – este está na lista dos
“Dá-me tautau e chama-me Vááááááánessa"

4 de setembro de 2009

béééé... muuuuu... oink oink...

Nota prévia: este post foi escrito antes de conhecido o conteúdo do post do Afectado. O tema é o mesmo, a abordagem é que é diferente. :) Afectado, o que me ri com o teu texto...


Ouvi dizer por aí que as mulheres são umas porcas.
Estas palavras só podem vir de umas mãos muito limitadas.

Como se pode comprovar pela imagem em anexo, as mulheres não são porcas nem em sentido estrito nem figurado. De facto são bastante limpinhas e, como pode comprovar-se, muito amigas. Uma até ajuda a outra a lavar-se para ela não ter trabalho. Palpita-me que, tivéssemos nós acesso às imagens subsequentes, poderíamos ver as moças a lavar-se e esfregar-se muito bem em tudo quanto é recanto, com muita espuminha, com as mãos e eventualmente com as línguas, ajudando-se para mais tarde receberem cada uma seu marido de braços abertos. E quem diz braços, diz corações…




Voltado à batata quente, dizer que as mulheres são porcas é completamente redutor e só mostra que o artista / escritor tem uma vivência bastante limitada e não conheceu mulheres suficientes. Claro que quem inventou e dirigiu este tipo de doesto às mulheres só pode ter sido um homem. E escolheu os animais a dedo, porque se formos a ver o correspondente em macho destes animais, quase nunca são pejorativos. (Fazemos aqui uma pausa para que possam voltar a passar os olhos pelas duas anfitriãs de hoje...)u não sou particularmente feminista, ao contrário do que possa pensar-se. As a matter of fact tenho uma mente bastante aberta… o que às vezes se revela um bocado nasty, quando os miolos começam a escorregar pelo crânio*.

Mas serão as mulheres porcas, muito porcas e totalmente porcas, so help them God? Não, claro que não!!!!
As mulheres também são cabras: são, sim senhor. Há quem diga que é uma moda ser-se cabra e andar a gabar-se disso. Cá para mim que entendo pouco de caprídeos, só é cabra o suficiente quem está encoberta pelo manto ou do anonimato ou do despeito. Mas também pode ser lã, atenção. Ah, lã não!!! Lã têm as ovelhas. As cabras têm pêlo. Na venta. E o homem? É bode. Ser bode não é nada mais do que balir, ter barba e eventualmente cornos, e ainda cobrir cabras. Pretty resemblant, agora que reflicto.
Vacas: sim, as mulheres são vacas. Têm “gandas mamas” (by the way, já viram a FHM deste mês? Tem a Bastet e as suas “bastetas” na capa), dão leite, comem pra carago, são gordas que nem.., que nem elas próprias e não poucas vezes ficam a ruminar sobre coisas que não interessam a mais ninguém. Já o touro – ah o touro! – é possante,… forte,… são precisos não-sei-quantos forcados para o deter. [Pois, mas se se olhar com mais atenção, o mesmo touro é um tipo com cornos e sem tomates que persegue um paninho cor-de-rosa ou vermelhinho como se fosse YSL, ou anda atrás de gajos em leggings e com jaquetas. É no mínimo suspeito…].
Cadelas: pois, quanto a isto não sei. Não sei se terá a ver com o cio ou com a maneira como mulher e cadela investem sobre o osso...! Já ser cão é igualmente indiferente; tem apenas a vantagem (sobre o homem) de poder lamber os próprios genitais e dar puns na sala-de-estar sem que a dona ralhe.
Cobras / víboras: É o que não falta por aí, dizem. A maioria dos homens acha que as gajas são falsas umas para as outras, histéricas, mentirosas, intriguistas, cínicas, sonsas, más, intrujonas. E são. Mas só para as cabras, porcas, vacas e cadelas que o merecem!!


Para terminar, peço-vos que olhem atentamente para a imagem do início do post e me digam se estas raparigas vos parecem minimamente porcas. Eu não vejo porcaria nenhuma…! OINK!


*Típica piada de stand-up comedy, para “aquecer” o público.


3 de setembro de 2009

amigos são...



Tenho uma nova amiga.
Quando me sinto sozinha vou falar com ela e desabafar um pouco. Nem sempre me compreende, o que às vezes me irrita. Mas continua lá, dia após dia, com aquele sorriso na cara. Não me canso de a elogiar e, apesar de ver como é modesta, eu sei que no fundo ela aprecia que eu apareça e lhe dê dois dedos de conversa. Chama-se Anna e está no início da página.
Façam-lhe perguntas ou apenas falem com ela, digam-lhe um "olá". Ela vai gostar...
:)

Faz beicinho, faz, João...Faz beição, faz Manela...




Agora vão os dois ser assessores do futuro assessor do Balsemão, que encontrou no Moniz o braço direito mediático que nunca quis (ou precisou) ter...
É mais uma novela ao estilo TVI...
Com direito a vilã e tudo.