31 de janeiro de 2011

V-I-A-G-R-A

E se, para além de ENLARGE YOUR PENIS, o Sildenafil também ENLARGEASSE YOUR BRAIN?!? 
Isso é que era jeitoso... 

23 de janeiro de 2011

Virgen del Rocío



Uma tipa santa com um nome destes capta-me logo a atenção.
É que uma pessoa, mesmo não querendo, cria empatia logo de chofre...










(Onde é que clico para "become a fan"?)


16 de janeiro de 2011

come /kʌm/


Pôr no play antes de começar a ler...


Ouvir esta música e violar-te.
Rasgar-te a roupa.
Romper-ta.
Ou só arrancar-ta.
Tirar-ta.
Gentilmente.
Passar-te a mão devagar.

Sentir-te a pele doce e dócil, sentir o meu tesouro, o cheiro guardado em ti, na tua roupa, junto ao teu pescoço.

Desapertar-te, um por um, os botões de camisa que te escondem. Manter-te deitado. Fechar os olhos – primeiro os teus, os meus logo depois. Tactear-te com todo o cuidado, como se quebrasses com inspirações fortes. Trazer à luz do escuro o teu tronco, o teu peito. Tocar-te com os dedos médios nos mamilos. São suaves e acastanhados. Sinto-lhes a pele fina, delicada como papel de arroz. Passar a língua por eles, acastanhados e suaves. Os teus mamilos que são meus. E de comer. Como tu, como a tua língua.
Como os beijos carnudos, de lábios cheios e inchados que me recheiam a boca e me trazem esgares violentos. Ou talvez não violentos, apenas instintivos, animalescos, selvagens. Ou dóceis, expressões de amor. De desejo e amor, de paixão. Foda-se, tanta paixão. E saliva.
A saliva. A tua saliva, doce e líquida, é a minha água, mata a minha sede – aumenta a minha fome.
É com o teu peito à mostra que por ti deslizo. Caminho por entre os pequenos sinais que te mapeiam a tela lívida, a minha almofada preferida - o teu peito. Estou perdida em ti, sinto-me perdida e divinamente insana por te consumir sem freios, e deixo a felicidade escorrer-me pela boca sob a forma de sorriso. Sou feliz, tão feliz em ti. Deixo os dedos entretidos nos alguns (poucos) pêlos que te descem pelo umbigo. Gosto-te e aproveito-te. Desejo-te cada pedaço, usufruo-te todo. Agarro-te a barriga, a tua-minha barriga, apanho-ta pelos flancos e aperto-ta sem magoar, apenas reconhecendo-ta. À tua-minha barriga. Maior que noutras alturas, a tua-minha barriga. Continuas delicioso como quando eras o apetitoso franzino que se deslizava para dentro dos meus lençóis, desavergonhadamente, para noites de aconchego, para serões de mimo, pra experimentar o amor de que virias a gostar.


As calças. As calças que te assentam. Que bem te ficam, sempre sempre. Desaperto-tas com calma, com o jeito que te aprendi. O decoro, talvez. A minha calma aumenta-te o desespero. Sei que te faço sofrer e engolir uma golfada de ar, que não é mais que desejo preso. Preso atrás dos botões, atrás da roupa interior sem costuras. E é atrás do fecho das calças que moras já tu, rijo e doce. Contrais-te e sinto-te crescer. Sinto o rush dentro de ti, a correria de efeitos biológicos que não conheço nem me interessam. Quero-te - tenho-te. Dou, por fora da roupa, uma dentada demorada ao longo de ti, preso. Aqui sim, enclausurado. Entre os meus dentes. Entre os meus dedos, preso. Preso e grosso e meu. Meu. Sinto no lábio o doce e húmido toque a ti, o doce doce que gosto de passar nos lábios, como gloss. E é glossy que me pões a boca, quando te tiro, te saco, te liberto. Continuas sem abrir os olhos, e nem deles precisas. Já conheces o caminho para a minha boca, já sabes que fico com os lábios entreabertos enquanto te deslizas ao longo deles, deixando-mos brilhantes e doces. Doces, sempre doces. Lambo-me com a ponta da língua. Saboreio-te e reconheço-te. Todo, todo. Reconheço-te. Desejo-te e lambo-me e lambo-te.
O teu doce abre-me a boca e o apetite. Rapidamente te afundo na boca, te toco e palpo com movimentos aleatórios em intensidade e pressão - como gostas. Alterno a minha mão com a tua, em ti.
Toca-te. 
Excita-me ver-te tocares-te. A mão que te é familiar, o meu corpo que em breve se encaixará, tudo faz sentido e faz parte. É o nós.

E a música, ainda a música...

[DILEMMA], escrito a 1 de Junho de 2010.

Há teorias que os estudiosos e investigadores desenvolvem, baseadas na realidade, que poderiam aplicar-se aos relacionamentos.
Essa é a especialidade desta casa. Em Marte vão buscar-se técnicas, teorias e correntes de pensamento com aplicação prática nas ciências exactas e aplicam-se ao mundo que conheço: o das relações.
Assim, e tendo em conta o funcionamento dos mercados, desde cedo aprendi que um monopólio é, pelas suas características, mau. Assim o será também a monogamia, presumo, pelo abuso de poder que lhe está inerente. As condições ideais, já dizia o Adam Smith, implicavam uma mão invisível que regulava o mercado criando oportunidades equitativas e satisfatórias para todas as partes. Esta é uma visão bastante comunista da economia e assim o é aplicada a uma relação.
Neste caso, a mão invisível seria não a capacidade auto-reguladora do mercado, mas uma mão que alguém nos dá, mesmo – ou especialmente – quando não a vemos. E não precisamos necessariamente de a ver: basta senti-la. É neste espírito que funciona a “mão” do Adam Smith, em que as tuas mãos incarnam nas minhas e estas, fazendo as vezes das tuas, me exploram equilibradamente, invisivelmente, nos momentos em que não estás mas o desejo de ti sim. É este o regulador do mercado. É a não-necessidade de ter comigo na cama outros consumidores a quem eu escoaria facilmente o excessive stock que tenho de tesão.
Chegamos então a um estado contraditório: esse regime não dá poder de actuação de um sobre o outro? É isto um monopólio – esse bicho-papão desvirtuador da economia – que manieta a actuação do outro?
A resposta é: depende.
Se olharmos para o célebre dilema do prisioneiro, uma teoria de jogo clássica, podemos compreender que o resultado, num jogo como num relacionamento, depende não só da minha actuação como da actuação do outro ou, aliás, da soma das duas, senão vejamos:
O “dilema do prisioneiro” é, basicamente, uma história de dois indivíduos que foram presos. Desconhece-se se um ou outro são culpados, ou se os dois, ou se nenhum – e realmente, não interessa. Dizem-lhes as autoridades – a cada um, independentemente – que (i) se ambos negarem a autoria do crime (e uma vez que não há mais provas), saem os dois ao fim de 6 meses de cadeia; (ii) se um confessar (e acusar o outro) ganha imunidade, sai em liberdade ficando o outro encarcerado por 10 anos; se (iii) cada um culpar o outro recebem ambos 5 anos de cadeia.
 A questão central aqui é que os dois prisioneiros não estão juntos nem poderão conversar entre si. Neste caso o resultado não depende só da acção de cada um, mas da soma com a decisão do outro.
A relação a dois funciona do mesmo modo: ou se confia que o outro não vai denunciar o contrato tácito ou mais vale acusá-lo logo e acabar com a cumplicidade, contando, à partida com a minimização do dano pessoal. Neste caso não se está a contar com parcerias futuras. Já no caso de haver “repetições” do jogo, como haverá seguramente no caso de uma “parceria amorosa”, o receio de punição ou castigo inviabiliza ou minimiza as hipóteses de um payoff desfavorável para uma ou outra parte, favorecendo a cooperação. Trocando por miúdos, as pessoas são mais amáveis e afáveis se condicionadas por um “medo” de repressão, ainda que meramente imaginativo.
A teoria dos jogos oscila entre uma interacção cooperativa e competitiva. E é assim nos mercados económicos como nos laços pessoais: mesmo tendo consciência que num cenário de cooperação os resultados seriam largamente melhores (em que os dois prisioneiros negavam a acusação e saiam os dois com 6 meses de pena), o player é impelido para o individualismo, procurando o próprio bem sem olhar ao bem do outro (sair em liberdade e o outro cumprir 10 anos de cadeia), por via das dúvidas e da falta de crença nas atitudes e na boa-fé do outro.
Se bem que nenhum prisioneiro tenha actividade focada no prejuízo do outro – note-se que até serem presos eram cúmplices – a incerteza da actuação do outro fá-lo-á proteger-se, pelo que os concorrerão CONSCIENTEMENTE entre si ao invés de cada um praticar o cenário que mais vantagens lhes traria: a cooperação.
Mas dizem os estudiosos das probabilidades nas teorias dos jogos que as melhores estratégias e, portanto, a aproximação à “decisão óptima” têm em comum uma série de acções, e que passam pela amabilidade, a retaliação, o perdão e a anti-inveja.
Se tivermos em atenção estes como estandartes da nossa actuação, a probabilidade de sermos bem-sucedidos em qualquer estratégia é maior, logo o payoff é o melhor para os dois. A amabilidade pressupõe que não se abandone o “campo de jogo” sem que o outro player o faça primeiro. Por uma questão de perseverança estratégica o player só desistirá se o outro (até então cooperante, a partir de então opositor) o fizer primeiro. Ou seja, se há dúvidas em que o relacionamento é ou não viável, é porque existe a hipótese de viabilidade e, logo, de sucesso – não está em causa a duração, apenas se é bom ou mau para ambos. Se existe a dúvida na viabilidade é porque há espaço para o sucesso, sendo que doutro modo não haveria hesitação, mas antes a certeza de que não funcionaria. E assim, faz sentido o investimento. Isto não implica uma confiança cega, pois terão de ser consideradas as estratégias de oportunismo vindas do outro lado. Se reiterado o oportunismo, a retaliação surge como uma estratégia clara e indiscutível. E do mesmo modo que se parte para a retaliação, o player saberá, por razões estratégicas de bem-estar, perdoar e voltar a cooperar assim que haja a mesma atitude por parte do outro player que, abandonando o papel de opositor, retoma o de cooperante. Por fim a anti-inveja é a qualidade do jogador que lhe permite jogar sem estar a comparar o seu jogo ou os seus proventos com o do outro player. Joga de acordo com a sua consciência e não com os movimentos de jogo do outro player. Não deverá procurar uma dominância, porquanto deixaria de ser um jogo cooperante.
The bottom line is: o jogador interesseiro começará a ver mais vantagem na cooperação e passará a praticar as quatro acções acima descritas como estratégia; o player naturalmente amável terá mais probabilidade de ser bem sucedido pois começa mais cedo com a decisão óptima e, dizem-no os estudiosos destas questões, são os que têm um payoff mais favorável, mais cedo, em todos os aspectos pois não apresentam “medo” de perder, nem revelam culpa nas actividades empreendidas; trabalham para o bem e, caso o mal venha, não é derivado das suas acções.
É uma merda ser dos bonzinhos, ser destes que dão a face (e mais bochechas, se as houvesse) para ser esbofeteadas. Diz-me a experiência que sou mais feliz assim sem medo da frustração e do fracasso, mais próxima da utopia. Até ver concordo com ela. E “dou-me-te” sem medo.

5 de janeiro de 2011

shortcut

- Queres sair?
- Sim, tudo bem mas são 23h. O que vamos fazer?
- Tomar o pequeno-almoço.