Eu tenho um problema.
O meu problema chama-se encantamento, fogacho. E desencantamento. Assim como vem, vai. Salvo raras excepções que o tempo confirma serem paixões, a maior parte dos encantamentos vão sem deixar rasto. Ainda por cima acham que o não querer ir pra cama com eles é o meu lado doce e recatado de donzela. Bem… não é! De facto quando isto sucede a explicação é bem mais imediata: não quero os tipos para mim. Só quero dar-lhes um pouco de mim e roubar-lhes um pedacinho de nada. Demasiado, quando olho para trás.
O Sr. Lei, por exemplo, um menino por quem me encantei durante uma semana e tal. E o processo é trivial: encantamento – envolvimento – “és a mulher da minha vida” – “bye bye”. O que me acontece é que perco o interesse pela pessoa quando (ao fim de pouco tempo) começa com conversas muito vanguardistas, do tipo “deixa-me amar-te e sê minha para sempre” ou “acho que podíamos ser muito felizes juntos”. Sim, claro que podíamos. Se eu me anulasse e vivesse para te servir. Se me tornasse a tua dona de casa parideira e dondoca, com um bando de miúdos lindos que eventualmente me preencheriam e far-nos-iam felizes. Sim, seríamos felizes. Excepto aquele detalhe em que eu seria infeliz como mulher. Uma super-mãe, é verdade, ao lado de um super-pai incontestável. Mas uma mulher infeliz.
Outro fogacho foi o Bob, O Construtor. Um bom flirt, muitos olhares, nada de mensagens nem messengers nem o caneco para não habituar mal os tipos que ficam a pensar que estou disponível 24/7. Não estou – só para quem quero. Houve umas saídas em grupo, um copo a mais de parte a parte, o envolvimento. Duas semanas depois (em que nos vimos quatro vezes) vieram as palavras má(gica)s: “Anda viver comigo. Esperava por isto há tanto tempo. És perfeita.”. Ok, então adeus. És mentiroso ou iludido. De qualquer modo um de nós vai sair magoado quando descobrir que não sou perfeita. Antes tu que eu. Bye.
Michel Vaillant: O único que me tirou de letra. Já me conhece desde pirralha. Não foram necessários os passos de aproximação, apenas uma noite em casa dele e outra na minha. Este homem ama-me. Ama-me e tratar-me-ia como uma rainha. Pequeno pormenor: não o amo. Não sei ser quem pretende que eu seja. Não quero ser quem pensa que sou. Imagina-me e descreve-me como perfeita, como isenta de falhas, como dona da palavra, dona da verdade, com objectivos bem definidos, planos bem traçados. Não sou eu. Lamento. Não me revejo. Depois de me fazer as maiores declarações amorosas, como eu pensava que todas as mulheres gostariam de ouvir, não soube (cor)responder. Depois de tomarmos uns cafés de relativização (de desmame), deixou de me contactar. Não voltou a falar-me. Sei que está bem, que tem planos bem delimitados e imagino que me tenha riscado deles. Sem despeito nenhum, sei que é melhor assim. Acho-o melhor homem por isso, por não se arrastar aos meus pés. Podia ser amiga dele.
O Johnny Bravo. Este era o menino com quem eu queria aventura. Era perfeito. Corpo perfeito, dentes perfeitos, inteligência perfeita, cabelo e unhas irrepreensíveis. O rapaz da lista telefónica cheia de miúdas, mulheres, meninas. (É capaz de ter sido o autor da música do Martinho da Vila. É que ele já teve mulheres de todas as cores, de muitas idades, de muitos amores, mulheres do tipo atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida, casada, carente, solteira feliz, já teve donzelas e até meretriz. Ok, sem a parte da meretriz, que mete nojo). Era perfeito para mim. Era perfeito porque não me queria, não me exigia, não me prendia. Até um dia. Um dia apaixonou-se. Mas eu tinha avisado: “olha que eu não sou como as outras” e ele pensava que era charme meu, que era eu a armar-me em importante. De facto não era. Eu era “especial” mas de outra forma. A mulher que não quer compromissos, não quer cobranças. Foi fatal para o Bravo que tinha decidido assentar e fazer vida comigo.
Eu não sou como as outras. Eu ainda não disse a quem quero que o quero. Não abertamente. Veementemente. Mesmo querendo, admito que haja pessoas como eu. Que fogem quando se sentem presas. E se eu quero um tipo, é perfeitamente compreensível que não saiba reconhecer e valorizar os outros que genuinamente me querem, mas que não podem ser correspondidos. Nem me sentiria bem a “usar” esses meninos como 2as escolhas, só por ter a certeza que passariam o tempo todo a tentar fazer-me feliz, a tentar agradar-me. Eu não quero passar a vida só a tentar. Eu quero ser feliz na tentativa e no erro e no sucesso. Porque é assim que me sinto contigo. Quero olhar para ti e saber que me chega isso. Que o amor é para sempre enquanto dura. Que sou melhor pessoa contigo. Que posso ser eu à luz do dia. Que me arrelias e extasias porque faz parte, é mesmo assim. Porque no fundo o Johnny Bravo, o Bob, o Michel e o Sr. Lei são bons homens, mas eu derreto-me é pelo Sport Billy.
66 comentários:
Grande texto, sem dúvida! E como me identifico com ele! Disseste tudo, não acrescentaria uma vírgula.
Interessante. Gostei.
Encontrar alguém que nos preencha é como a demanda do Graal: uma busca incessante do impossível.
O ideal e o real estão sempre em conflito...
Excelente texto... mesmo!!!
Eu penso que pensas muito bem - bem demais! O teu nome real não será Semenya nem nada??
Foda-se, ler-te é uma delicia!
Devias ser proibida de estar mais do que poucos dias sem escrever algo novo no blog!
Quanto ao assunto do post, concordo com o amigo anónimo, as suas palavras estão repletas de sabedoria.
Isso até lhe dar na cabeça e sacar da sacola um "Amo-te" ou um "És a mulher da minha vida". Depois não há nada que lhe valha :)
Viste, viste, viste, até te andam a mandar bilhetinhos em chinês (tailandês?) :D
Miúda, tu escreves muito, muito bem. Adorei. E, claro, não seria boa menina se não te dissesse que...já fui assim :) taliqual como descreves (com as devidas aproximações, porque cada gaija especial é uma gaija especial :D - incluindo o não ir para a cama ser parte do encantamento, relacionado com outra parte de mim que me fazia passar por santa ahahah). Mas, sabes, há nove anos atrás (porra, o tempo passo) encontrei quem se soube aproximar. Conheceu-me, viu os podres todos, como nunca ninguém antes viu, continua a vê-los, e continua cá, a amar-me. E eu tb o amo. As paixonetas, essas, não passavam disso mesmo, paixonetas, hormonas, que passavam com o tempo ou com o amo-te ao fim de um único beijinho...por isso, muié, acho que te percebo muiiitoooo bem.
E também acho que, um dia, terás o teu Mr 9 anos :D (calvins à parte pah, tu percebes!)
Acontece que, por vezes, o amor não é a tempestade que estamos à espera...aliás, é exactamente o oposto (obviamente que terá os seus momentos tempestuosos). Mas, um dia, descobrimos que não conseguimos passar sem aquele abraço apertado,todos os dias. :)
Ana,
obrigada. :) Assim coro...
Maldonado,
Aqui a questão é que eu à partida já sei que são relações voláteis. A prova vem quando os rapazes, sem me conhecerem minimamente, dizem (ou querem acreditar) que sou perfeita para eles. Se calhar até podia ser, mas acho sempre tão repentino que me soa a falsidade, a podia-ser-eu-como-outra-qualquer. Solução: zarpar.
Mulheka,
thank u very much.
:)
(o meu ego hoje foi insuflado!!)
Cirrus,
que eu saiba os meus níveis de testosterona são normais. Mas se não fossem isso explicaria muita coisa. Muita coisa mesmo...
Afectado,
foda-se, com elogios destes até flutuo!
foda-se...
vou tentar ser mais assídua na escrita.
o que não implica que a qualidade seja mantida. Logo se vê.
foda-se
:)
13,
é como dizia ao Maldonado: a pressa é que dá cabo de tudo. As pessoas nem me conhecem. Presumem-me e idealizam-me. E eu sei que não correspondo a isso.
Enganar alguém? Dá trabalho a mais...
Ser amada e ser a mulher da vida de alguém (vá, tenho algumas reservas quanto a ser "a" mulher da vida, mas ok...) parece-me um cenário muito apetecível.
A preferência vai para um uma pessoa com quem isso seja recíproco.
Não digo q seja fácil... mas saboroso é com certeza.
Beijooooooooooooooooos
Vani,
já viste o que andam a dizer aqui os tailandeses? Se meteres isto no google translator vais ver que são eles a dizer que eu sou a mulher da vida deles! E nem nunca me viram... SOCORROOOOOOOOOOOO!!!
:)
Obrigada pelo "escreves muito bem". Há dias assim...
Quanto ao teu love... beeeeeeeeem... que se mantenha assim!! :) e tu apaixonadorra como estás.
Ãdorei o "Mas, um dia, descobrimos que não conseguimos passar sem aquele abraço apertado,todos os dias."
Brilhante...
Kisses
Gostei dessa
"Olha que não sou como as outras"
Marcianazinha, mas de certeza que não mudaste se sexo ultimamente?
;)
Forteifeio,
devo ser igualzinha; devo estar é a passar uma fase!!! :P
Cirrus,
da última vez que verifiquei estava intacta!
mas paira alguma dúvida nessa nuvem alta?!
:) que é que tu sabes que eu desconheço?
Se esta é a tua maneira de pensar nos relacionamentos "amorosos", não podes ter nascido mulher...
Cirrus
Só uma mulher De Marte pode destruir o ideal masculino.
Esqueci-me que a menina é verde e tem umas antenas giras - realmente, não é igual às outras!
(Raio de sociedade marciana, com as suas discriminações sexuais contra os machos, pá!!!)
Oh pah...mas que mania esta de achar que uma mulher que não quer compromissos, ou que foge qd lhe propõem casamento a seguir a uma beijoca, que mania esta de achar q essa mulher só pode ser homem!... :-p
Desculpem lá, menzitos, mas vão ter de tirar algumas cachopas do pedestal. Pq elas tb gostam de se divertir sem compromissos e de fugir ao minimo indicio de sufoco...
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Vani, não duvido.
Ou melhor, duvido, e muito... Quando deixar de haver diferenças entre homens e mulheres, então temos de ter leis novas para casamentos homossexuais mesmo. É que, assim, e por este andar, as mulheres deixam de ter graça... E se é para ter sexo com um homem...
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Cirrus,
nasci mulher, sou mulher. Já tive os meus momentos "amor para sempre". Duas vezes "para sempre". Nenhuma delas "para sempre".
E gostei.
Forteifeio,
eu não vim estes anos-luz até aqui para destruir os ideias de ninguém. Cada um que continue à procura da princesa que lhe encha as medidas. De certeza que para cada um de vocês haverá uma "de Saturno" ou "de Plutão".
Agora, o que eu reparo é que neste momento aquilo que procuram em mim n é o que procuro nos outros.
Mas meninos, eu não sou a regra! (e agora vocês respiram fundo e aplaudem!!!)
Não se preocupem que muitas outras pululam por aí com ideais complementare aos vossos.
Cirrus,
não te ponhas com coisas.
As minhas anteninhas são bastante fofinhas. :)
E eu não faço nenhuma discriminação sexual contra os machos. Eu própria sou bastante machista. ("machista" diferente de "macho")
Quero lá saber de generalizações. Só me referi a uns rapazolas que se atravessaram no meu caminho e que tinham em comum o desejo de ter uma de Marte que pura e simplesmente não existe ou, se existe, está a monte. :) A seu tempo... a seu tempo.
Vani,
:) que faria eu sem ti? Afinfa-lhes!!! :)
Toda a gente passa por fases: uns porque vêm escaldados não querem compromissos. Outros porque acham que está "na altura". Outros porque acham que encontraram "a tal" pessoa.
:) E pela boca morre o peixe. E a Marcianita tb há-de ser pescada. Ou abrótea. Uma das duas.
(Solha tb pode ser...)
Cirrus,
Dúvidas não há que és uma nuvem-macho! Ainda não se tinha falado em sexo, por aqui. Estavamos a falar de relacionamentos e de sentimentos.
Por aqui todos sabemos bem que sexo-por-sexo há em todos os planetas e é praticado por todos os géneros.
Aqui falava-se da predisposição para o compromisso. E tem muito mais a ver com as vivências e experiências do que com cromossomas XX ou XY.
(Até porque, a bem da verdade, os graus de compromisso não estão intrinsecamente ligados nem são proporcionais ao sexo, nem em quantidade, nem em qualidade. Palavra de marciana.)
Marte, desculpa ter falado em sexo. Pensei que os compromissos (ou falta deles) de que falavas já tinham sido em idade adulta.
Compromissos sem sexo tenho eu com clientes! Estamos a falar de quê? Amores platónicos??
De Marte
Desculpa, eu parar a minha viatura poluidora junto ao teu planeta verde.
Mas qual é o mal de uma pessoa dizer que gosta da outra?
Ah, Já percebi, em Marte as mulheres gostam dos homens que se mostram indiferentes... para aumentar o interesse.
Cirrus,
olalah! assim é que eu gosto!! :)
vamos fazer um rewind até à parte em que eu digo que me assusta um tipo conhecer-me há muito pouco tempo (tão pouco que nem deu em cama) e falar-me em coisas do "para sempre". É isso que me dá nos nervos, não é mais nada. E quando eu falo em pouco tempo, são coisas de duas semanas (o absurdo total) ou de dois meses. Para mim é ser-se precipitado.
E sim, foi na idade adulta. E não, não sou tão flausina como gostaria de ser. (Vou trabalhar nisso).
Forteifeio,
podes aparcar a tua voiture no meu planeta esverdeado que aqui não se pagam multas nem se rebocam máquinas.
Não há mal nenhum em alguém dizer que gosta de outra pessoa. Eu não me privo de o fazer. Se algum dos 4cartoonados me tivesse dito que gostava de mim, muito provavelmente levaria de mim um "eu também gosto de ti".
O pior é quando alguém diz "eu vou estar fora do país, mas troco um punhado de meses ausente pelo resto da vida contigo". Nessa altura sai-me um "Obrigada, mas não obrigada". Não é (só) pela sofreguidão. É também porque (e peço a atenção para este motivo) eu não sinto a mesma coisa por essa pessoa.
Ou tenho de amar quem me ama a mim? Desejar quem me deseja? :)
Ou vais dizer-me que os teus amores são sempre recíprocos?
beijinhooooooooooos
deMarte, tens um anónimo muita chato aqui. Então agora vem para aqui misturar chocolate com o dalai lama?...
Cirrus, nos primórdios, antes da reprodução sexuada, não havia feminino nem masculino. Um dia, o sexo perderá toda sua função reprodutora (aliás, já nos podemos reproduzir sem sexo) e, aí, primeiro que ser homens ou mulheres, seremos pessoas.
Claro que existem diferenças bioquimicas, anatómicas e neurológicas entre homens e mulheres. Mas, antes de ser um amontoado de moléculas, somos pessoas, não? Logo, de entre essas pessoas há quem adopte determinados comportamentos. Comportamentos esses que, se virmos bem, foram estereotipados e catalogados como só de homem ou só de mulher.
Senão, vejamos o seguinte...a seguir ao chamado extase, o homem entra em letargia. A mulher, essa, muitas vezes está é pronta para outra. Ora bem, se recuarmos ao tempo das cavernas, verificamos que o facto de o macho adormecer profundamente permitia à femea ir à procura de mais bem-bom, para garantir a fecundação. Portanto, aquilo que hoje se classifica como um comportamento tipicamente masculino, também foi um comportamento aberto feminino que os milénios de evolução, socialização, etecetera e tal, camuflaram.
Como, hoje em dia, as femeas são emancipadas e independentes, já não necessitam de se atracar ao primeiro que aparece e podem dar-se ao luxo de escolher. De se divertirem. De assumirem os seus desejos e vontades, entre eles o do não-compromisso.
Pois se até eu tinha de fugir a sete pés dos sufocos pós beijoca! Que coisa esta, dás um beijo num gaijo e de repente já te quer por uma grinalda em cima?? Desculpem lá, menzitos, mas as coisas hoje em dia são muito diferentes...hoje, podemos dar-nos a o luxo de dizer VENHA O PRÓXIMO! AHAHAHAH!
Bolas, se o jóve me apanha o discurso... :DDDDDD
É na boa, Vani. O jove não vai saber de nada. Prometo não tornar o meu blog famoso.
:)
E tens razão. Já lá vai o tempo em que eu podia confiar nos anónimos que aqui deixavam comentários. Agora eles vêm não-se-sabe-de-onde e são não-se-sabe-quem. Que estranho...
Ah, pronto, fico mais descansada. Já te estava a imaginar como "a de marte mais doce" :D :p
Vani, podes mandar vir o próximo que te apetecer, ninguém põe isso em causa. Os comportamentos são imputáveis a cada um, e somos responsáveis por eles. Não sou a pessoa certa para falares de sexo como função reprodutora, pois não tenho nem quero ter filhos e sempre entendi o sexo como o culminar de um entendimento que só pode surgir com um qualquer tipo de compromisso. Tal como eu nunca tive nem quero ter sexo apenas porque sim, e critico os "machos", como lhes chamas, por quererem isso, também não penso que seja a melhor forma de as "fêmeas" se expressarem - no entanto, continuo a afirmar, isso é um problema que deve ser encarado por cada um da forma que entender melhor, e daí colher os frutos correspondentes. Partires do princípio que estou contra só porque é o estereotipo estabelecido, só revela que a tua visão do novo homem não existe. Mas isso é um problema que me passa ao lado.
Marte, peço desculpas pela extensão dos comentários.
Claro que há precipitação da parte desses senhores, é muito pouco tempo para se conhecer seja quem for. Mas devemos lembrar-nos que não vai há muito tempo, e era o contrário que acontecia. E nessa altura, eram as mulheres a apelidar os homens de fúteis. Pois bem, como disse à Vani, cada um toma responsabilidade pelas atitudes que toma. Se ao fim de duas semanas, enviaste os homenzinhos à vida, sem te dares ao trabalho sequer de os conhecer, queres o quê? Que te considere uma pessoa consequente? Se queres apenas divertir-te, óptimo, aproveita, a vida não é para sempre. À custa dos outros... fútil... Porque não procuras aqueles que antigamente as mulheres detestavam, mas que agora, pelos vistos, adoram, os das one night stand? Assim, vocês satisfazem o vosso apetite carnal e podem ter um diferente todas as noites, sem magoar sentimentos de ninguém.
Marte
A liberdade é algo que prezo e lógicamente que não fui sempre correspondido e nem sempre correspondi. A única coisa que eu não estava a entender era o teu posicionamento relativamente a essas pessoas, que de certo modo não corresponderam ás tuas expectativas.
Cirrus
Acho que ninguém vai magoar ninguém em duas semanas, além disso acho que a futilidade das pessoas não se mede pelo número de parceiros que teve ou de corações que despedaçou. Ela foi sincera, quando não lhe apeteceu mais, despachou, que mal tem isso meu amigo?
Cirrus, eu cá não vou mandar vir nenhum próximo, prezo muito o que tenho. :p
"Os comportamentos são imputáveis a cada um, e somos responsáveis por eles"
E não foi isso que eu disse?...
"sexo como função reprodutora", obviamente que eu só me referia à parte do sexo que tem como função a reprodução...não disse que era só essa a sua função. Até porque, não tenho a certeza se quero ter filhos. Portanto...
"Partires do princípio que estou contra só porque é o estereotipo estabelecido,"
Eu não parti de principio nenhum em relação a ti como pessoa, porque, não te conheço. Eu respondi ao teu comentário "Se esta é a tua maneira de pensar nos relacionamentos "amorosos", não podes ter nascido mulher...", indicando que a "nova mulher" é independente e muito mais exigente; se se desencantou, paciencia, há coisas que não se controlam, mas estar com uma pessoa por pena...? O facto de não se achar a pessoa certa, ou de as expectativas com a relação sairem goradas, ou de se pensar q se ama e afinal foi tudo uma tempestade de hormonas (que, qd passa, não deixa mais nada, a não ser talvez uma amizade), não torna as pessoas fúteis nem a intenção é magoar.
Logicamente que eu me incidi no comportamento feminino para reagir ao comentário que fizeste...que é estereotipado. O que não implica que a tua visão o seja, onde é que eu disse isso? eu reagi a uma frase, não a ti :-p.
Vani,
Não corro esse risco. As pipocas prendem-se-me nos dentes... :P
Cirrus, a questão é que eu já conhecia estes senhores. Um há 18 anos, outro há 4 anos, os outros há um ano. Não é por aí. Não é a questão de one night stands. Não é sexo por sexo. Não é, de todo, ter um por noite. Dá trabalho a mais e satisfação a menos.
A única questão é não haver correspondencia ao mesmo nível. Se duas pessoas não querem o mesmo de uma relação mais vale não se relacionarem. E foi isso que me aconteceu.
E estica-te à vontade no tamanho dos comments. Se os tailandeses podem, tu muito mais.
beijo
Forte, se calhar, tens razão, antes magoar no início e pouco, que no futuro e muito, até aí concordo. Em duas semanas dá para conhecer realmente bem uma pessoa e ver se nos serve ou não. É uma realidade. Só não sei porque andam por aí casais que demoraram 5 ou 10 anos até terem uma certeza. Com certeza são maus julgadores de carácter.
forteifeio,
eu percebi que não tinha sido muito explícita no post, daí a tentativa de ser nos comments.
Vani, também não te conheço! Mas nós escrevemos porque temos (ou achamos que temos) algo para dizer que seja minimamente pertinente.
O que sempre afirmei é que, se este é o comportamento da nova mulher, não tenho nada contra. Só que eu não me comporto como os senhores se comportaram com a Marte, nem nunca me comportei, mas já houve mulheres que fizeram isso comigo. E podes ter a certeza que não lhes pus uma guia de marcha nas mãos e tem uma boa vida. Primeiro, tratei de as conhecer. Serviram? Talvez não, não é essa a questão. Mas dei-me ao trabalho de lhes mostrar suficiente consideração de as conhecer melhor. Quem sabe, até poderiam servir para aquilo que propunham...
Mas eu não julguei nem julgo ninguém. Apenas dei a minha opinião. E se tento ser um homem novo, e não me comportar como as gerações de homens se comportaram até aqui, não posso compartilhar a opinião da Marte. Se isso foi assim tão chocante, peço desculpas às feministas da casa...
;)
Cirrus,
a ironia é engraçada, mas como me toca devo dizer-te que não estou nem minimamente arrependida de ter "arrumado" estes assuntos quando arrumei. As próprias motivações dos rapazes em questão me deixaram de pé atrás. O curto espaço de tempo e a divinização de quem sou e da suposta relação é uma palermice. Como 50% da relação depende de mim e se eu não estou satisfeita, fazer o que?! Esperar?! Deixar andar para ver no que dá?! Fingir que também os adorava e esperar que o amor nascesse, com o tempo? Essa não sou eu.
Marte, serviu a resposta para as duas... :D Senão repito-me.
Tudo bem, entendo o que queres dizer. É a tua vida, fazes como entendes melhor. Apenas digo que eu não funciono da mesma maneira. Quantas surpresas já eu tive de onde menos esperava! E que graça deram à minha vida, diga-se!
Cirrus,
eu já conhecia os rapazes há mais tempo. A "guia" só lhes foi passada quando deixaram de ser só amigos e houve ali um "clima". Quando houve esse clima aproximámo-nos. Pouco depois veio o "para sempre". Se fiz bem ou mal em dizer-lhes que não estávamos em sintonia é-me completamente indiferente.
Fi-lo pra não me chatear?,
pq sou preguiçosa?,
pq sou uma insensível?,
pq sou uma inconsequente?,
pra me sentir superior?,
por não estar preparada?,
por ter medo de falhar?,
por ser futil?
É cagativo. Fi-lo pq n me apetecia enganar aquelas pessoas e dizer-lhes "amo-te".
cirrus,
o bom da tua vida é seres tu a colori-la. A minha coloro-a eu com as cores de que gosto. :)
cachimbo da paz e venham de lá esses ossos
Tudo bem, tens esse direito. E se já os conhecias, mais ainda. Não me venhas é a com a treta da mulher emancipada e plenamente consciente e mais não sei o quê. Não te apeteceu, ponto final. Não tem a ver com feminismos ou machismos, tem a ver com as pessoas e como elas encaram a vida.
Porque independentes, independentes, são os tigres da Sibéria e mesmo esses dependem da comida.
Nunca fui independente. Ainda bem. seria mau sinal. Seria sinal de que não teria ninguém na minha vida. E isso eu não quero.
Mas isto são apartes que não te interessam minimamente. Deves estar a ler isto e a pensar exactamente o que pensaste quando deste guia de marcha aos outros. olha, por mim, tens toda a licença do mundo para cagares nisto!
Ossos, sim, mas com carne, se faz favor!
;)
Cirrus,
claro q sou o máximo de consciente e de emancipada.
O que não quer dizer que não bata com a cabeça nas paredes.
O meu espírito ou alma ou outra coisa qualquer está apontado numa direcção... que não me corresponde necessariamente.
Fazer o quê? Forçar? Ainda apanho alguém como eu, um filho da mae cruel que me diz a verdade: que não gosta de mim da mesma maneira que eu dele.
No way. :)
Quem não parte à aventura, não a pode viver... Mas tens a tua forma de ser e respeito isso.
Essa questão das declarações precipitadas não terão a ver com a recente e crescente perda de "poder" do homem sobre a mulher?
Eu acho que é mais isso.
Quanto à questão dos "para sempre" e "amo-te" ao fim de 2 semanas, sei o que isso representa. No meu caso continuei a ver o que dava e mais tarde arrependi-me por não ter tomado logo ali a mesma decisão que tu.
Valeu com isso que aprendi e muito.
Mas as relações são uma roleta russa. Tanto pode dar certo ao fim de 2 semanas como não dar ao fim de 2 anos...
Bj.
PS: Mais textos destes, sff :)
13,
obrigado por andares por aqui.
É sempre tudo incerto, sem dúvida. E eu nunca vou saber o que poderia ter sido de bom ou de mau com cada um destes exemplos que dei. Mas vivo bem assim. :)
Olha lá, o que vai ser o jantar hoje? O polvo assado no forno estava com óptimo ar. :)
Estas e outras receitas, no... lugar do costume! http://7palato.blogspot.com/
de Marte,
ora essa! Não tens nada que agradecer :)
O que importa é isso mesmo, que cada um viva bem com as opções que toma. Para ser sincero, decisões (declarações) tomadas "em cima do joelho" raramente dão frutos.
As receitas (já agora, obrigado pelo elogio), essas vão ter que esperar. Neste momento só tenho um braço disponível...
Cirrus, e fazes bem em ter opiniao própria. :) E em dá-la. Como já disse, só reagi ao comentário "as de certeza que não mudaste se sexo ultimamente?", machismos e feminismos à parte porque sempre acreditei (ou quero acreditar) que antes de sermos um amontoado de moléculas, somos pessoas. Se isso é ser feminista, ora, ainda bem ahahaha!
DeMarte, percebo-te muito bem, completa e totalmente. Como alguns costumam dizer (quer dizer, como um italiano bonzão -a autora descreve assim o personagem, não tenho culpa!- disse num livro que ando a ler, já estive aí... :) E cheguei mesmo a duvidar da minha capacidade de amar alguém. E, sim, levei uns sermões de entes que se julgavam superiores por estar "a brincar com os sentimentos do moço". EUUUUUUU? Que deixei claro desde o primeiro minuto que o que nasceu na areia, na areia ficará??? E que depois de umas beijocas o quase pedido de casamento me afugentou (bolas e só tinha 20...) de vez??? careduuuu...
Mas, sempre tive uma ideia muito certa sobre o que era amar alguém. Sempre soube quais eram os meus sentimentos pelas moços, logo desde um primeiro beijo. Apaixonar-mo-nos é muito fácil, pois o nosso sistema hormonal faz quase tudo sozinho. Amarmos, não, não é fácil. O amor é a antítese de si mesmo e são duas pessoas muito diferentes a tentar manter-se num abraço entrelaçado, sem que com isso percam as suas identidades e vontades.
Desculpa lá estar a dar numa de especialista, mas...bem, nove anos são muitos anos e aprende-se muita coisa. Inclusive, a amar. :)
( se a minha mãe lesse isto, partia-se a rir...nove anos, diria ela, e o que dizer de trinta e três???? e, depois, apareciam os meus avós e diriam, abanando a cabeça, ai estas crianças, que nem bodas de ouro fizeram ainda... )
Uiiiii, tu é que és de marte, mas eu é que pratico invasões... :D
13,
q se passa com o braço? Deve ser o excesso de cozinha. Os homens n foramfeitos para esse tipo de trabalho pesado, depois dá nisto!!
Get well soon.
Vani,
eu não tenho assim tanto a certeza como tu dos que estão certos para mim. Mas consigo ter uma razoável quantidade de segurança quando acho que não são certos. E para mim isso chega. Como não concebo o "amor por caridade", vou-me guiando assim. Se está verto ou errado não sei dizer. Mas como as consequências são para mim, parece-me bastante justo.
Ui, nove anos, Vani...
:) Já és Honoris Causa.
E invade à vontade, que esta é uma casa de porta aberta. :)
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