31 de julho de 2008

enganos

Tenho um amigo que hoje me disse que eu não era normal. Ou seja, que aquilo que faço, que sou e que sinto não é normal. Dou-lhe o benefício da dúvida.
Disse-me que não é normal eu ter um namorado fixo e sentir desejo por outro homem qualquer. Nao sei como explicar, mas para mim é normal. É mesmo assim. Nem creio que tenha a ver com o sentir-me satisfeita ou saciada. Eu sinto-me atraída não só física e sexulamente. Muitas vezes é animicamente que é despoletado o interesse e deste encanto pode ou não decorrer o desejo.
Creio ser perfeitamente possível dissociar amor de sexo e não me choca nada que assim seja. Na vida amo muitas pessoas, em "graus" diferentes. E desejo outras pessoas de modos também distintos.
É assim que sou e esse é o meu estado normal. Sem arrependimentos nem sentimentos de culpa. NO STRINGS ATTACHED.

29 de julho de 2008

as minhas férias

No período de férias (como noutro qualquer) não suporto enchentes. Perdoem-me os betinhos esturricados que rumam ao Algarve para se passearem na Kadok, no Terrace Bar, no Cais ao Rio ou, last but not least, na marina de Vilamoura, pelo bar do Figo a tirar fotos ao pé das camisolas suadas do jogador. Não tenho a mínima vocação para estar abafada em marés de gente. Parecem bandos, todos a andar o mesmo sentido, uns atrás dos outros, deslocando-se só porque o companheiro da frente também o fez. Este é o tipo de locomoção insconsciente, como aquela que fazemos, por exemplo, quando atendemos o telemóvel! Andamos para trás e para a frente, damos a volta às mesas, parecemos tontinhos. É o mesmo no Algarve (como um pouco por toda a costa Portuguesa): o Zé Manel (com o seu farnel, os seus três filhos anafados e a sua Maria) vai para a praia, monta o estaminé e põe a barriga de melancia ao sol. Já outros, na mesma praia, mas algo afastados, despem os seus polos Lacoste, atiram com os Façonnable, as LV, Prada, DKNY e Gucci para a areia e divertem-se a parecer ser o que não são - tiozorros chiques e montados na grana. Põem protector colorido no focinho do Martim, do Lourenço, do Bernardo, do Santiago, da Carlota, da Maria e da Caetana (todos vestidos a combinar) e ficam a torrar ao sol para dizerem aos colegas do escritório que as Maldivas estavam es-pec-ta-cu-la-res este ano!!! Os verdadeiros tiozorros estão branquinhos. Trabalham que nem mouros, não conhecem feriados, pontes nem férias... e os aniversários dos membros da família têm de ter marcação na agenda e são comemorados com a entrega de um cheque chorudo (ou o Visa entregue em mão) e substituem, não poucas vezes, as palavras "parabéns" ou "amo-te". Os verdadeiros senhores do dinheiro não vão à praia, não se expõem, não se exibem. Trabalham!!!!!

Já dizia o povão: quem quer peixe molha o cu!

Alta fidelidade (parte 2)

Retomando a história...

Mais umas férias, mais um matulão! Desta feita, um namoro que resistiu às férias e se fez à distância, com muitas cartas de amor. Cartas de amor. (Sim, ainda foi no século passado)! Ainda este namoro durava... começou outro! Entretanto o primeiro namoro foi para o espaço e fiquei namorada de um só! Ainda este namoro durava... começou outro! E durou alguns meses. Não sei bem como o fiz (nem porquê) mas tive dois namorados sérios (aso mesmo tempo) durante bastante tempo. Demasiado, diria. Gostei demais da experiência. Ou seja, os namoros são histórias encadeadas que vão fazendo sentido quando outras deixam de o fazer.




Ainda este último namoro durava e tive três "casos". Todos mais novos que eu. Não sei se, a partir daqui, alguma vez vou saber ser fiel. Deixo-me levar pelos instintos. Como sou bastante discreta (ou dissimulada) pareço uma anja. O primeiro foi (outa vez) numas férias - agora que escrevo vejo que as férias são o meu ponto fraco!!! Conheci o menino mais certinho do mundo. Certinho, mas que soltou a minha ferocidade toda. Bendito amante. Entretanto, após um ano, ele pôs a mão na consciência, eu não me decidi e decidiu-se ele. Foi melhor assim.
Nr2 foi um amigo duma amiga que era o pecado sob a forma de homem. Não foi uma traição consumada, foi uma série de fantasias que partilhámos sobre como seria se uma série de factos fossem fantasia e se uma série de fantasias fossem factos.
Nr3 foi o porto de abrigo. Ambos namorávamos (pois, com outras pessoas). Depois dos encontros imediatos cada um retomou o seu caminho e já só nos encontramos socialmente. Somos ambos uns descarados sem sentimentos de culpa. O que guardo na memória são os serões libidinosos: como trabalhámos juntos, fizemos muitas horas extraordinárias. Vou dizer mais devagar: muitas horas EXTRA ORDINÁRIAS.

Alta fidelidade (parte 1)

Não sou a melhor pessoa para falar de relacionamentos. Muitos dirão mesmo que sou péssima nesta área, mas não se pode ser perfeito!
Digo isto porque desde sempre fui uma miúda dividida pelos amores. Dos 6 aos 10 anos gostei de dois rapazes... ao mesmo tempo. Um era aaaaalto como um pinheiro e intrigante / inacessível por isso. O outro era traquina e o meu companheiro de travessuras!! Dos 10 aos 11 gostei de outros dois. Um dava-me flores e cartas perfumadas. O outro dançava comigo na escola e quis beijar-me em frente a demasiado público.
Com 10 anos, durante umas férias de Verão, deixei o bonzão de 15 anos k.o. (ou pelo menos é assim que guardo a memória - já que a recordação é minha, posso sempre adorná-la como me convém)!!
Os rapazes mais velhos eram uma constante. Cheguei a apaixonar-me pelo rapaz errado, um durão que me cravava dinheiro todos os dias. Era significativamente mais velho que eu e foi mais ou menos por esta altura que emagreci uns quilos valentes. Pudera,ele dava-me falinhas mansas e eu dava-lhe dinheiro. Ele era uma mistura de bully com sanguessuga!! Curtimos uma vez (blhergh!) e ele deve ter voltado para a América porque lhe perdi o rasto.
Ainda no liceu, gostei de um benzoca da minha turma. Eu gostava dele e os rapazes que o sabiam, conhecendo-me, apostaram que o nosso namoro não duraria mais que uma semana. O benzoca apostou que duraria mais. Eu não sabia de nada e até tive que tomar as rédeas senão o rapaz nunca mais me beijava. Talvez mais valesse não o ter feito. A minha experiência com o "french kiss" foi estranha. O rapaz não tinha uma língua, tinha um berbequim que insistia em conhecer o meu estômago. (Desculpem a imagem, mas queria ser fiel ao sentimento que tive na altura). De facto o "namoro" durou oito dias. O suficiente para a aposta ser ganha pelo benzoca que ainda levou de bónus um beijo de despedida em frente à sala de Eduação Visual, quando não estava ninguém no corredor.
De seguida, mais um menino mau: o típico que só me queria pelo meu corpo! Foi uma "curte" numa visita de estudo que depois se arrastou por mais uns dias em que fui amassada como se fosse uma bola anti-stress... ou DUAS bolas anti-stress!!! :D



(to be continued...)

28 de julho de 2008

Dr. Phil

Porra, o Dr. Phil já me fez muita companhia nas manhãs de ginásio em que estava nas máqunas a olhar para os plasmas sem a mínima vontade de ali estar. Olhava para lá, via e ouvia umas histórias, uns dramas familiares e pessoais e etc. E resultava comigo. O tempo passava, eu estafava-me nas máquinas e cumpria o meu objectivo.


Mas hoje em dia o Dr. Phil está um chatinho de primeira.
Parece que deixou a medicação e que se tornou um (terrivelmente mau) comediante!!
Já viram como humilha os convidados? Também não tenho pena deles - só lá vão porque são parvinhos, mas o Sr. Dr. não precisava de se armar em Conan O'Brien... até porque não é bem sucedido!
Dr. Phil, um conselho: deixa de ter armar em know it all. Não és um Conan, nem uma Oprah. Tens o teu espaço, não sejas garganeiro a tentar ser mais do que aquilo que és: um gordinho simpático que dá bons conselhos.

o meu 1º post

Que banalidade!!
Toda a gente deve usar este primeiro post para dizer disparates sobre por que motivo começou a escrever, ou como chegou aqui...

A mim só me apetece mostrar como estou feliiiiiiiiiiz! Oh yeah!

Com o passar dos tempos irão reparar que muito pouco do que aqui se escrever fará sentido ou terá alguma utilidade, mas é dessa fibra que sou feita!

Saudações.