31 de março de 2009

o analgésico e o king kong


Era uma vez uma menina que achava que sabia tudo. [A menina era eu...]

Era uma vez uma menina que era muito curiosa. [Continuo a ser eu...]

Era uma vez uma menina que tem amigos rapazes que andam obcecados com sexo anal; e as respectivas namoradas que andam obcecadas em fugir-lhes. Eis que um desses amigos me informou que há geles (ou géis - odeio palavras com dois plurais) próprios para o efeito.

Era uma vez uma menina que decidiu ir ver como são esses géis e abriu uma página duma sex shop cheia de coisas que ela nunca tinha visto... entre os quais (tambores a rufar - vá, toca a abrir em separadores para não perder o fio à meada): os simuladores de vagina (por acaso estes já conhecia), o monkey spanker, as extensões penianas e o geles e sprays anais.


O que me chamou a atenção foi o facto de o Anal Jelly ser... analgésico. Eu que sou uma maníaca da etimologia tive uma epifania: o termo analgesia não deriva nada do Grego an (privação) + algesis (dor). É um estrangeirismo que resulta da aglutinação de duas palavras: anal & jelly. No antigamente era Analgélsico e depois, com o uso, caiu-lhe o “l” e ficou analgésico! Está tudo dito...

E pronto, senhores dessa sex shop, cá espero o vosso justo agradecimento por este momento publicitário – e em géneros. Olhe, pra mim pode ser o french kiss de morango, umas pastilhas de cannabis, e, para não me entediar, um king kong com 32cm de cumprimento. Sim, é um facto, é uma pila que cumprimenta (mais do que aquilo a que estamos habituadas....). O artefacto deve ligar-se e começa:
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Pila - Olá, minha senhora.

Eu - Ehhh... olá... mas... estou a falar com uma pila??!?!

Pila - Como tem passado?

Eu - Ah e tal, bem, com algumas dores de costas...

Pila - Então e essa família?

Eu - Ah, estão todos bem. Olha, mas se tens 32cm de cumprimento, cumprimenta-me aqui as costas. Vá, e agora cumprimenta-me as orelhas! E os pés! Cumprimenta-me os pés, pah!

Pila - Olá costinhas! Cutxi cutxi cutxi! Olá orelhinhas... Ui, e estes pezinhos, dêem cá um "passou bem" ao tio King Kong...

Eu - Vá, quantos centímetros de cumprimento te restam? Prai 25cm? Então vá, cumprimenta-me toda!

Pila - (rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr*!)

Eu - Hellooooooooooooooooooooooooooooo King Kong!! :)

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* O King Kong vibra…

28 de março de 2009

kill the lights

AH,

hoje, 28 de Março de 2009,

às 20h30, apaguem as luzes durante uma hora!!!

[e por falar nisso...

há quanto tempo não jantas à luz das velas?!]


E esta, hein?

A pele das tuas mãos é aveludada.

É terna e doce.

E eu, doce como ela.


Quando me provas, esfomeado

Quando me tocas

Quando me puxas para ti

Quando não controlas o teu desejo, o teu lado irracional

Sou mais feliz quando te penso

Sou mais feliz quando te imagino

Sou mais feliz quando te deito, te amo, te cubro, te descubro, te acho, me dou.

Tenho saudades dos teus dedos

Tenho saudades dos nós dos teus dedos

Tenho saudades dos nós

Tenho saudades dos momentos de nós.


(Olha para as tuas mãos. Olha para elas e vê o que eu vejo.

Olha para ti e vê quem encontrei.)

I ♥ FRECKLES



…I DO…


27 de março de 2009


Hoje é o Dia Nacional do Dador de Sangue.


:)



Hoje é o meu dia.



(sim, eu só faço estas coisas para me sentir especial durante mais dias no ano! O próximo passo é tornar-me Pai... eheheh...)


25 de março de 2009

variações em sol menor




E quando eu chegava a casa, pirralha, de pasta a rebentar de partituras e perguntava:

"Mamã, o que queres que toque hoje para ti? Haydn ou Chopin?"


E, claro, errava nas teclas, nos tempos (as semifusas sempre me lixaram o juízo), demorava o triplo do tempo a tocar um minuete, mas quando acabava a mãe aplaudia e esborrachava-me a cara com beijos orgulhosos, como se tivesse ouvido o som mais melódico do mundo.

Bons tempos...

Polly wants a cracker



Vá, agora a sério, já alguém abriu um pacote destas bolachas sem ter nenhuma partida??


Mas é alguma prank?? Então a malta paga por bolachas partidas? E gosta? E são um sucesso mundial, o raio das bolachas fantásticas?


Há coisas que me ultrapassam pela direita...

all aboard the night train

Entre miúdas já ouvi as estas versões de tipos de homem, que aqui compilo:

  • os "rápidos", que são, biologicamente, os fittest para a reprodução - deixar a "semente" no maior número de fêmeas no mais curto espaço de tempo. Era uma questão de sobrevivência.

  • os "intercidades", que vão parando no caminho, dando atenção a todo o pormenor, mimando a sua companheira. Estes normalmente estão apaixonados e vão dando e pedindo, estão ali "para a troca".

  • os "alfa-pendular", que são aqueles homens cujo período refractário é muito curto e revelam uma capacidade estonteante de ir-e-vir. O catch é que o que conta é a prestação de um serviço "on time", em que a quantidade suplanta a qualidade e há pouca atenção dedicada à parceira.

  • os "regionais" são aqueles cujo desempenho se baseia numa "noite mágica". Tem todo o esplendor da dedicação ao máximo à mulher com quem está. Pára em todas as estações, beija, cheira, mima cada centímetro da epiderme, como se de um templo se tratasse. Mas guess what? Não é um templo, estamos numa cama e o intuito é pinar, não é adorar a uma deusa. Sabe bem, este tipo de "prestação de serviço" tácito, mas há várias mulheres que se perdem nos pensamentos enquanto são "adoradas" e dão por si a pensar, por exemplo, se ainda há leite fresco no frigorífico.

o timing

Alguém sabe dizer porque razão os homem duram mais na cama nos primeiros tempos e depois aquilo começa a ser "a despachar"? Não devia ser ao contrário? No início a malta não conseguir conter-se com a novidade e a excitação, um corpo novo, uma nova expedição... e depois sim, com o passar dos tempos, a "rotina" a instalar-se, a líbido estabiliza abaixo dos picos de outrora, numa média/moda/mediana, o que implicaria "mais tempo para o mesmo fim"?



É ou não verdade que no início de uma relação o gajo é capaz de manter-se focado durante horas e depois deixa de ser assim?



Reflectamos juntos para ver se chego a alguma conclusão:



A malta começa o ritual em beijos prolongados, certo? Daqueles que dizem, sem falar, "come-me já e à bruta, sff*!". Dos beijos decorrem as mãos curiosas, que teimam em averiguar a qualidade do tecido, a adequação do corte, mesmo no escuro. Lentamente começa a ser exposta mais e mais pele, as bocas tendem a ficar abertas, mesmo sem razão aparente.



A pele e os lábios travam conhecimento, ("olá, eu sou a boca e vou-te comer". "Olá, eu sou qualquer-coisa e vou deixar-te comeres-me".) e criam-se momentos muito especiais, daqueles que depois se guardam no baú do "antigamente".



As mãos - essas malandras - vão desbravando caminho entre botões, zippers, elásticos, colchetes e livram-se de todos estes obstáculos com habilidade. Continuam a averiguar a maciez da pele, amassam e puxam e "palmadam" e beliscam e penetram e excitam e afagam.




Depois vem o hanky panky (e aqui ninguém precisa de explicações)...





O fim da "acção" traz ainda mais momentos ternos, com cuddling, mais beijos, recuperar o fôlelgo, arrefecer os corpos, mostrar gratidão por gestos, sem palavras.



Ok, já percebi o porquê dos timings. Com o passar do tempo o casal deixa de ter de pedir permissão, salta algumas etapas directamente para o hanky panky, e daí para o "querido/a, estou cheio/a de sono e amanhã acordo cedo, acho que vou dormir. Dorme bem. Amo-te".



:)



Percebe-se...



Há vezes em que o "come-me já e à bruta, sff" sai em vocalizações do tipo "não sei se devemos" ou "prometes que vais ser gentil?" ou ainda "não achas que é cedo demais?"...


(ok, mas se sair "não!" é "NÃO" mesmo. Esta palavra não deixa margem para interpretações...)



vamos por partes...












visssssssssco

A saga do tiramisu.

Vou deixar a receita, uma vez que é dela que falarei nas próximas linhas!

Começa por separar-se as 6 gemas das claras. Easy task. Toda a dona de casa sabe separar as gemas das claras.

Passo #2: bater as claras em castelo.Pego na minha batedeira mono-vareta e atiro-me a elas. Esqueci-me foi de alguns princípios fundamentais: a lei de Newton e a força centrífuga [Fcf = M.v2/r]; a Lei de [Edward] Murphy e a minha falta de jeito; e, por fim, um motor desengonçado e uma vareta com vida própria!!! Acontece que a mono-vareta devia estar behind bars com a seguinte sinalética: beware of whisk!!!

É que mal se pôs a trabalhar o raio da vareta espalhou-me as claras por todo o lado. E quando digo "todo o lado" quero mesmo dizer "todo o lado"!!! E as claras, por bater e geladas, são extremamente viscosas e transparentes, o que fez com que se escondessem em todo o lado. E quando digo "todo o lado"... (pois, já sabem...)

Foi ver claras na torradeira, no fogão, na parede, nos armários, no chão, no avental, no cabelo,... e na cara. Primeira reacção: limpar o visco dos olhos. Segunda reacção (e esta é mesmo à "gaija"): Ah pois é, a clara faz esticar a pele!!! BOA, então deixa 'tar!!!!

Então, espalhei muito bem as claras pela cara e deixei o milagre acontecer. E foi acontecendo enquanto limpava a cagada que tinha feito no resto da cozinha.

Procedimento #3: Repetir o #1 e o #2! Simples, não é? Voltar a fazer tudo de novo!!! Bota novamente 6 claras num recipiente, a milhas das gemas. E só então me apercebi: se o whisk não ta a funcionar bem, vou ter que bater as claras em castelo... a la mano????? Pois é, assim foi. Arregacei as mangas e lá me pus a bater (n)aquelas claras como se estivessem a pagar por um crime merecedor de espancamento.

Custou. Custou... Troquei de mão várias vezes porque é realmente um procedimento que requer muita coordenação, mas lá consegui. E até dava para virar o caçoilo de cabeça pra baixo. Ficaram mesmo boas, as claras montadas. (isto é terminologia culinária!!!!)

4º passo: 6 gemas com 6 colheres de açucar muuuuuuuuuuito bem misturadinhas, até se obter uma mistura esbranquiçada! Nesta altura, a sobrancelha sobe até ao alto da testa, quase a tocar nos primeiros fios de cabelo: como?? Epah, com batedeira é uma coisa, agora... manufacturado? Depois de ter montado as claras? Estou exausta... Isto requer força extra!

E o que fiz? Já que tinha o vermute ali à mão, mandei um cálice goela abaixo. Aaaarggh!! Carago, não há bicho que resista!

Pumba, lá transformei as gemas amarelinhas e o açucar numa mistura clariiiiiiiiiinha e muito fofinha. Depois foi só juntar os 500g de mascarpone e continuar a dar ao braço.

Vários minutos depois... Tarefa cumprida.

Next one? Embeber os 300g de Palitos La Reine em café mega forte (com Vermute) e dispô-los num tabuleiro ou pyrex.

Buscar as claras em castelo e envolvê-las na mistura esbranquiçada. Este é o creme com que se cobrem os palitos.

É só ir fazendo camadas a gosto e atirar com o pyrex pró frigorífico. Não precisa de muuuuuuuuuitas horas de frio.

Antes de servir, polvilhar com cacau em pó.

Nisto, eu estou mascarada de colagénio, e não é que a conalbumina funciona mesmo? A pele ficou esticadinha e fofinha...


(muito mais tarde, mesmo antes do jantar, ponho-me a fazer bruschettas de crème fraiche, atum, tomate e tomilho. Quando estou a torrar o pão cheira-me a eggs benedict!! Antes que a imaginação voe para um acontecimento qualquer, tenho de me concentrar: donde vem o cheiro?? Ah, pois claro... De pedaços de visco (a.k.a. clara d'ovo) que escorreram pra dentro da torradeira e escaparam à esterilização...

(Tenho de mandar vir o CSI para identificar o visco, pra eu limpar isto a fundo...)

i'm your man

Este vale pela música e pelo vídeo... FE-NO-ME-NAIS!!!!

24 de março de 2009

kalinka

Enquanto se prepara o jantar, ponho o dvd do Andre Rieu a bombar...



Ligo as colunas do som ambiente ao dvd e pela casa toda só se ouve Rieu.

O refrão é fácil, mas como esta versão não é cantada, canto eu! Canta comigo:

Kalinka, kalinka, kalinka moya!
V sadu yagoda malinka, malinka moya!

hoje a sobremesa é esta... estão todos convidados! :)



(que booooooom, tiramisu...
Na minha família fazemos competição dos melhores tiramisus. Não há festividade sem esta sobremesa.
Vá, clica na imagem sem medos para veres em pormenor esta delícia...)

Eu olho para o tiramisu como algo que se pode comer a qualquer hora.
Vejamos: como sobremesa é o "normal", por isso as refeiçlões grandes podem ser acompanhadas por tiramisu.
E o pequeno-almoço?
E um lanchinho de tiramisu, não?!?!
O tiramisu não é mais do que biscoitos, café, queijo e ovos. Qualquer pequeno-almoço pode ter estes ingredientes, certo?!
Assim sendo, porque não chamar-lhe tiramisu? :)
(boa argumentação, pah. Até me surpreendo...)
:)
Acho que vou ali dar mais uma colherada na sobremesa e já venho...

19 de março de 2009

leonard cohen - hallelujah

Vá, esta musiquinha que está aqui ao lado direito é um espectáculo. É do Leonardo Cohen, tem variadíssimas versões, gosto quase sempre mais de a ouvir em vozes femininas, mas abri logo uma excepção quando a ouvi na voz dos Bon Jovi. Não sei porquê, mas gosto. Tanto tanto que enjoa... :)

cab two


Noutro táxi, on my way home, vejo um velhote a andar para trás. Mesmo, a andar ao contrário. Parecia um daqueles sets dos VJ marados, que põem a imagem pra frente e pra tras on&on&on... Só que era um velhote... A andar pela rua, mas para trás! E feliz!!! Ar de felicidade, o dele. Ainda hei-de experimentar. (E pode ser que alguém escreva sobre mim no seu blog*!) Eheheh.
* Alguém, para além do Afectado. :)

cab

No táxi, on my may there, parada no Marquês há cerca de 6 minutos:

Eu: Isto hoje está caótico!!!

Ela: Olhe que hoje é o último dia!! Dizem que baixa a temperatura já a partir de amanhã...

ainda

Cada vez que me levantava da mesa e me afastava ias atrás de mim.



Ias procurar-me, mostrar-me que estavas ali, plantar-me uns beijos, ver como eu estava, falar sem dizer nada.




Querias tocar-me e provar-me e saber-me tua naquele momento.


E eu queria ser tocada e provada e fingir-me tua.




Naquelas vezes, como na primeira.


A tua saliva, a minha, o sabor a chocolate, o cinema. A tua coragem trémula, a minha voz surpresa e tendencialmente ofegante - pelo simples toque das mãos. Pela pergunta que me fizeste como desculpa para me tocares, para amarrarmos as mãos.




Aquele foi o primeiro beijo, de facto, mas muitos outros tinha já partilhado contigo. Tu apenas não o sabias porque as fantasias eram as minhas…


Entretanto já não sabia /podia / queria esconder que te desejava desde há algum tempo. Ambos sabíamos o dia, a situação em que olhei para mim e pensei: "isto não era suposto acontecer... que é que se passa aqui?"



O facto é que aconteceu. O facto é que eu estava quente, muito quente, ao teu lado. E já estava a marinar há horas... a ver-te e desejar-te e olhar-te de soslaio e desejar gatinhar até ti, sussurrar-te um plano de fuga, provar-te a língua. Só pensava num pretexto para apresentar os meus lábios aos teus e a palma das minhas mãos à tua pele.


Fiquei a (ad)mirar-te os pés descalços enquanto estavas estendido na cama. Eram brancos e tentadores. Como todo tu. Brancos e tentadores.




Não sei como te ultrapassas e apresentas uma fachada sólida e inabalável, e ao mesmo tempo, ao guardar-te nos meus braços, sentia o pulsar que denunciava agitação e frenesi.




Ainda sei o teu cheiro. Reconhecê-lo-ia sem custo.



Ainda sei o mapa que se desenha nas tuas costas. Sabem-no as minhas mãos.



Ainda guardo as medidas do teu abraço.



Ainda te desejo.



Ainda.

17 de março de 2009

bootie-call

Cenário:



1. Veeeeeeeeeento, muito vento, num dia de calor.


2. Eu a subir a minha rua, de vestido rodado (vermelho), a falar ao telefone com um serviço de apoio a clientes que me trata por "tu".


3. Preciso de ver a informação que está numa das quatro folhas que trago na mão, dobradas em três.





Apoio ao cliente (AC) – ...blá blá blá whiskas saquetas blá blá blá... Podes então dizer-me o número de conta?



Eu – Sim, só um momento... Tenho de ver aqui nestas folhas…




Passam-se quatro segundos... Bolas, esse número está na terceira folha, penso. Esmago o ombro contra a orelha para segurar o mobile e poder trazer as mãos livres para menear as folhas, mas o meu mobile é fininho e vai escorregando devagarinho.



Eu – Ah, está aqui. É o 307... (mobile a escorregar, acto reflexo de tentar apanhá-lo, folhas a voar pela minha rua...) Porra! Ehhh, desculpe. Dê-me só mais um momento. É que agora voaram-me as folhas e...



(Como se ele, do outro lado, a tomar chá, a comer chamuças e a ver um filme bollywoodano, com os pés em cima da secretária, numa qualquer cidade da Índia, quisesse saber que raio se passa deste lado...!)






[SNAPSHOT]
Este é o momento que vale a pena reter. De repente o cenário é este:


Eu, a subir a rua, com a mão esquerda definitivamente colada ao mobile senão ele cai. Três das quatro folhas de papel tridobradas a voar. (Já referi que estava muuuuuito vento?) Vestido rodado ganha vida. Pareço daqueles bonecos insuflados que abanam os braços, à beira da estrada... só que os "braços" são o meu vestido. Eu a correr, infrutiferamente, em espiral atrás das ditas folhas. O vestido a esvoaçar-me, em todas as direcções, o suficiente para mostrar várias vezes o biquíni. Mão direita, insegura, tenta agarrar o vestido e prendê-lo entre as pernas. Prendo-o. Mas com ele preso não posso correr atrás das folhas. Tento, mas pareço um pinguim aflito pra ir fazer xixi, a fazer um ritual de atabalhoado de acasalamento que entretanto o faz perder o sonar!



Paro por meio segundo. Penso seja feita a Vossa vontade e fico quieta, deixando que o caos do universo chegue a um consenso e decida quando é que basta de me ver fazer figuras tristes. No meio disto tudo, o rapaz do outro lado da linha...




AC – Está tudo bem? Olha, se quiseres podes dizer-me o número de contribuinte.



Eu – (vai pró caralho! Eu tenho à vista um biquíni brasileiro que deixa muito pouco à imaginação e estou numa rua [NA MINHA RUA] entre um BES envidraçado apinhado de gente e um ciclo preparatório no intervalo grande. Que parte de "rabo-ao-léu" é que precisas que te explique?!?! Não podias ter dito isso antes?!?!) [voz] Ah... ok, número de contribuinte. Pois, esse sei de cor: é o 2********...


AC – Obrigada. Podes só aguardar enquanto verifico os dados?




Eu – POSSO! Claro que posso. (Obrigada, Deus, por trazeres ordem ao caos!)




Nisto, olho para a esquerda e vem de lá o carteiro a subir a rua. Obrigada outra vez, Deus, por mandares o carteiro.



Faço o sorriso de donzela em apuros, levo a mão direita ao vestido num acto de pudor que não tenho mas que achei adequado à situação... e também precisava que o carteiro se concentrasse nas minhas folhas, não nas minhas pernas.





O rapaz, provavelmente bom aluno em educação física (ao contrário desta nulidade que vos escreve) e concerteza [esta palavra não existe, mas devia] uma referência nos Testes de Cooper realizados pelo Prof., correu como se disso dependesse a sua vida e apanhou-me as folhas todas, não sem antes deixar cair, ao dobrar-se, uma resma de cartas que transbordavam da mala que trazia à tiracolo.







Depois de metidas as cartas novamente no saco (ou seja, "re-metidas" no saco), vira-se triunfante para mim, enche o peito, expira profundamente e vem na minha direcção trazendo de bónus um sorriso branquinho e alinhadinho de quem não tem medo do dentista.





Eu – Ah, muito obrigada.





Recebo as folhas de papel e enfio-as logo debaixo do braço esquerdo. Aproveito e desligo a chamada, uma vez que o outro ainda está a "verificar os dados". Penso se calhar já podia ter desligado antes deste circo todo acontecer...





Carteiro – Está mesmo muito vento hoje, não é...?




Eu – É verdade... (NO SHIT!!!!! Devias trabalhar no Instituto de Meteorologia e Geofísica, oh Einstein!)





Depois caio em mim e mudo o semblante para uma cara agradecida.




Eu – Obrigada, sim? Estava um bocado aflita. Se não fosse o senhor... Bem... Obrigadíssima e tenha um resto de bom dia. (Se tu fingires que não viste eu também posso fingir.)




Estico a mão direita, dou-lhe um aperto de mão grato e envergonhado, e retribuo o sorriso agradável que ainda traz posto.



Viro costas e continuo a subir a rua. Sinto-me mínima, sinto-me um micróbio e ainda assim (ou talvez por isso) endireito as costas e lá vou eu: um micróbio de vestido vermelho que pensa ainda bem que trago estes óculos que tapam 70% da cara...


7 de março de 2009

comequié, pipol?

(van, estes são para ti!)









tururuuuuuuuu

O Majalhões tem prugramas que têem ums erruz urtugráfcos.
Um purgama que foe tradzidu pur um inmigranti françêz com a cuarta clace.

What's the big deal?!?!?!


O sócrates já foi finocchio, já foi pinocchio e agora é o melhor amigo de um tal de Magalhães que não sabe escrever.


What's the big deal?!?!?!


Pah, deixem o sócrates trabalhar!!!
Ou deixem-no enterrar-se nos terrenos lamacentos do fripór!
Mas deixem-no...

6 de março de 2009

coisas que adooooooooooooooro e que fazem menos bem...

Isto é o Amor de Perdição!!
Sou facilmente subornável com salame de chocolate...


Se beber um belo Sumol Laranja consigo soletrar o meu nome... a ARROTAR! :)


epaaaaaa... pum! zás! rrrr tá tá tá!!
(é isto que se passa na minha boca quando como PetaZetas...)


o meu pecado! :) (ui, ca bom!)

coisas que adoooooooooooro e que fazem bem:

Physalis... até me babo!!!


Mínimo: 1/2 litro por dia!


Hummm... nhami!! Figooooooooooooooos!!!


É um facto!! A melhor amiga das horas no ginásio! :P


chá de rosas!!! É o chá de que gosto mais...

adoooooooooooooro isto!!!


Would I Lie To You Baby - Charles And Eddie

4 de março de 2009

fui ao baú das minhas memórias e trouxe de lá este meu companheiro de tardes e tardes infinitas!

É verdade que a minha mãe não gostava muito que eu visse este fanfarrão, mas não havia como evitar: fiquei para sempre fã do Pierino.

...e "Chicago à noite" é um clássico!!! Uma instalação e pêras!




O gajo é super engraçado. E passados estes anos percebo piadas que então não conseguia decifrar! (Espectáculo!)






Tu cosa hai visto?

Está é a minha homenagem ao muro que caiu há 20 anos


A sério, o Muro de Berlim é um marco histórico que me diz muito. A "necessidade" do muro, o ruir daquela parede (a reprodução física da "cortina"), a história por detrás dum e doutro lado, a divisão/união dum planeta.
Em 1989 começou uma fase da so called globalização que me fascina. Como tudo o que me fascina, assusta-me.
Esta é a minha homenagem prematura ao muro que caiu há quase 20 anos.
(Falo agora porque em Novembro não se vai ouvir falar doutra coisa.)