29 de outubro de 2008

chocolate

Quero chocolate.
Preciso de chocolate.
O meu único grande vício (declarado)!
Hoje preciso de devorar tudo o que saiba, nem que levemente, a cacau! Quero tudo:
Chocapic, Cola-Cao, Conguitos, Twix, Bombocas, Topping, chocolate de culinária, cacau em todas as percentagens, com frutos secos ou molhados, com champagne, com malagueta, quero Oreo, Chipmix, quero Nutella, quero Maltesers, Snickers, Bounty, Cadbury's, After Eight, M&M, KitKat, Crunch.

Acho que acabo de ficar mal-disposta com tanto chocolate...
Agora só comia um salamezinho de chocolate, para desenjoar!

sorrio

O dia útil começa lá fora mas como estamos juntos não consigo descolar-me do seu corpo; o sol já nasceu há horas e a minha preguiça pede-me para ficar imóvel outro minuto; vou buscar mais um pouco do seu calor – visto-me com o corpo dele. Assim, agasalhada, a sua pele é-me tão familiar. Confundo-a com a minha.

Perco a noção do tempo. Um minuto fez-se uma hora. Cada vez que se mexe deixo que um olho acorde sozinho e o espreite, garantindo que está bem.

Não resisto. Fico assente no seu sono imperturbável, na sua paz aparente e sinto a vontade (quase) incontrolável de o acordar, esgotar, sorver.

Por momentos esqueço o tantra e penso em abusar dele até soarem os alarmes sensoriais. O shiva e o shakti que se lixem! Que arda no meu prazer o livro do Imperador Amarelo! Sinto o impulso para a comunhão – the urge to merge.

E depois desta quimera olho-o e vejo-o dormir descansado. Toda esta paz, esta calma amansam a minha sede [ou fome]. Inspiro-o. Cheiro-o. Agarro-me a ele como se em breve ficássemos separados por meio oceano. Inspiro-o. Cheiro-o. Não quero saber de mais nada senão dele, agora. Não vou sentir fome nem frio nem desconforto nem medo nem embaraço nem nada. Só isto. Vou deixar-me ir nos seus dedos, vou percorrer o seu corpo e esticar o tempo a meu bel-prazer. Vou beijá-lo. Não resisto e sorrio ao beijá-lo. É mais forte que eu, mas a minha felicidade aparece-me primeiro na boca. Sorrio.

Quando não está a reparar fixo-me nele. Vou fechando os olhos e verificando quão aproximada está a imagem real da mental. Faço uns ajustes e sorrio. Sou mesmo pateta. Mas gosto. Gosto de ser assim, de o esboçar na cabeça para ter a certeza que sou fiel aos cinco sentidos. A pele é aquela e não outra. O cabelo escrupulosamente alinhado. O cheiro é aquele, e aquele cheiro é meu. Fui eu que o cheirei, já o inspirei, é meu! O seu beijo traz água [no bico]. E o seu som… nenhum. Silêncio. No meio das inspirações curtas, destaca-se uma ou outra profunda e preparo-me para registar a expiração doce. [Já está!].

Inspiro-o. Cheiro-o. Guardo-o.

Sorrio. Deixo-o ir. Sorrio.

25 de outubro de 2008

passé composé

No dia em que fomos apresentados (seria o meu futuro colega de trabalho) achei-o logo interessante. Tão interessante quanto é permitido a um tipo de aliança na mão direita.

Menos-mal”, pensei, “Sem compromissos agrada-me mais!”.

Poucos minutos depois falava-me da highschool sweetheart, de como se conheceram, da faculdade que fizeram juntos; até mencionou os planos: juntarem-se daí a dois anos, quando as carreiras de ambos estivessem consolidadas. Tive logo náuseas com aquela história. “Quem pensas tu que enganas? Deves ser fresco, deves!”

O olhar dele percorria-me toda durante vários momentos da conversa, o que me deixou irrequieta e lisonjeada.

Daí a poucos dias passaríamos a ser colegas e eu tinha de me habituar à sua presença constante, pelo que era melhor ser ponderada nos actos (e já agora, refreada nos pensamentos). Começámos por almoçar juntos quando tínhamos projectos comuns mas depressa deixámos de precisar desse tipo de argumento. Divertíamo-nos bastante no trabalho e discutíamos tanto as tarefas em que ambos estávamos envolvidos como aquelas que desenvolvíamos individualmente.

Creio que comecei a apaixonar-me por ele; creio que começou a apaixonar-se por mim. Deixámos a situação evoluir sem falarmos – nem que levemente – em assuntos comprometedores.

Como andámos a cortejar-nos mutuamente desde os primeiros dias, não tenho exactamente a certeza de onde e quando houve o “clique”; sei que um comentário levou a outro e em pouco tempo ficámos cientes do desejo que partilhávamos. Ambos “comprometidos” (oh God, como odeio esta palavra!) e a saborear alguma insatisfação a isso associada, o que aí vinha não foi inesperado.

Um dia estávamos a trabalhar juntos, fora de horas, e pedi-lhe que ficasse mais um pouco, pois precisava da sua ajuda. Sugeri que fechasse a porta do escritório. Percebeu de imediato o que vinha nas entrelinhas e isso ficou visível na sua face, subitamente sorridente. Baixou a cabeça e agitou-a de um lado para o outro, com os olhos fechados. Pensaria "No que é que me estou a meter?", como eu? Foi a primeira vez que nos beijámos. Entre beijos virou-me de costas para ele, encostou-me à parede e soltou-me o cabelo, cheirando-mo. Não houve nada de bruto, de sôfrego. Pelo contrário, íamos como que pedindo licença para fazer investidas, pequenas conquistas, ainda que fizesse questão de mostrar que me dominava, agarrando o meu cabelo com veemência. Os beijos eram longos, num estilo adolescente, daqueles que se apaixonam de verdade, e para sempre.





Entretanto, e passados sete meses, deixámos de ser colegas.





Havia passado muito tempo desde o meu último affair, exactamente com ele, o que me levava a crer que já não me lembraria do que era flirtar, do que se fazia ou dizia. Fui, como combinado, ter ao bar do momento, deixando-o previamente avisado: “tenho outro assunto pendente, marcado exactamente para a mesma hora”, o que me permitiria desaparecer em caso de pânico, seca ou outra hecatombe.

O meu vestido era perfeito: o corte "olha-para-mim-sou-a-mulher-mais-apetecível-deste-spot"e a cor, azul-petróleo, revelavam sobriedade e pureza – exactamente o oposto das minhas expectativas ébrias e lascivas.

No cumprimento fomos demasiado formais, o que não traduzia o conhecimento íntimo que mantivéramos três anos atrás, no escritório; mais que isso, não era denunciável que andássemos a trocar telefonemas e mensagens quentes há quase dois meses, a partir daquele contacto profissional que ele não pudera delegar e a que eu não resistira atender.

Desde então não havíamos combinado o encontro por culpa minha, que acreditava que já não sabia namorar. A história do cortejo e dos rituais de acasalamento parecia-me tão longínqua como o Alasca.

Quando cheguei tive dificuldade em reconhecê-lo. Imaginei que cairia para o lado, que coraria, que não teria reacção. Pensara muito nele desde que tínhamos seguido caminhos profissionais distintos, o que aguçara a minha curiosidade em saber que efeitos tinham tido nele o casamento e a paternidade, etapas que fez questão de mencionar no tal telefonema "profissional" que nos fizera entrar de novo em contacto. Imaginei-o, portanto, mais maduro e mais doce – um pai.

Quem encontrei foi um tipo diferente do meu ex-colega/ex-amante. Não era sequer parecido. As memórias que fui construindo foram muito benevolentes, favoreciam-no muito e a realidade fora bastante menos aprazível.

A vida de casado assentava-lhe bem, ainda assim; o papel de pai também, provavelmente, mas ser "a outra" deste tipo não era para mim. Este não era o meu filme. No way!

Percebemos imediatamente que os desejos relativamente ao outro haviam sido corrompidos pelo tempo, defraudados pelas recordações. Ele procurava um escape e eu um tipo que já não existia. As altas expectativas cultivadas durante os recentes contactos (carregados de desejo) via telemóvel não deixaram realçar as nossas muitas divergências. Até aquele momento.

“Continuas igual”, disse-me. “Pois continuo. E ainda bem”, pensei.

Conseguimos tomar o nosso café, não tive que usar nenhuma desculpa para fugir e acabei por lhe dizer que durante o tempo de amantes me deixara louca, tendo ponderado a hipótese de deixar o meu então (e agora) namorado, mas que essas circunstâncias tinham ficado no passado, e no presente nenhum de nós fazia sentido na vida do outro.

Ainda assim foi um bom momento, este o do reencontro. O meu vestido passou a ser apenas mais um vestido azul-petróleo com um óptimo corte.

Quando nos despedimos – naquele abraço demorado – deixámos no outro um “até sempre” que foi, na verdade (e conscientemente) um “até nunca”.

18 de outubro de 2008

hoje é o dia

De luzes apagadas, fico a ressacar. Noutro dia qualquer estaria a preparar-me para sair, para ir jantar fora.

Não hoje.

Hoje estou a fingir-me acompanhada. O rádio e a tv trazem-me ruído. O telemóvel e o computador ligam-me a toda a gente menos a ti. Estou habituada ao teu som, mas é este que tenho agora. (Chama-se silêncio, apesar de tudo).

Não consegui chorar senão hoje. De tristeza ou alívio ou felicidade ou sei lá. Nada o faria prever e eu estava desarmada – amorfa e desprovida de defesas. Na cama, sem que desse conta, duas lágrimas quentes e doridas caíram. Trouxeram com elas o choro convulsivo, as muitas inspirações curtas e as expirações largas e vocalizadas. Eram só sentidas, não magoadas.

Não consigo homenagear-te de modo justo. Não há palavras para te definir, para te mostrar quão melhor sou por tua causa.

Agora vou fingir pesar quando sinto felicidade e gratidão?


O que para ti foi um fim, para mim foi um suspiro. O que para ti foi um acumular, para mim foi um libertar. (Não de ti, não sejas palerma. Tens a mania de te vitimizares. Não o faças. Pelo menos não hoje, que te ouço na cabeça).

Estou feliz e serena e triste e irritada. Estou cheia de certezas quanto aos devaneios, mas continuo sem projectar e sem vontade de o fazer. Estou calma e sorridente porque ignoro o que me espera nas noites e dias e noites e dias de inquietação, de estranheza, de solidão.

E, no entanto, não consigo ficar triste. Sei que é o esperado, o “normal”…

Só consigo sentir irritabilidade, algum descontrolo, impulsividade... que são sentimentos carregados de energia, por definição! E a minha energia uso-a como bem me aprouver!

Agora vou viver o meu luto. À minha maneira homenagear-te-ei. Sempre. Porque sou melhor agora. Conheço-me melhor agora.

Sou mais eu assim, sem ti.

14 de outubro de 2008

easy on me (dear diary)

O sentimento de abandono deve ser das piores merdas "sentíveis". Há-que saber atirar a toalha ao chão e reconhecer-se que as coisas são assim, mas continua a ser doloroso.

O meu problema é com as fantasias que estão sempre um passo à frente! Romantizo, deixo-me ir, flutuo. E, no final, um adeus despegado e frio é-me completamente estranho, ainda que defenda sexo pelo sexo e o amor pelo amor. Uma coisa é o que raciocino, outra é o que sinto. (Bolas!)

Os corpos a darem-se a conhecer, a adaptar-se um ao outro, a enrolarem-se, as posturas do sono, o calor produzido por cada um… e o calor produzido pelos dois. O acordar várias vezes só para deixar mais um beijo marcado na outra pele, mais uma carícia, um novo aperto, um aconchego. Inspirar para gravar o cheiro na memória.

Só de pensar no início da noite, aqui em casa, sinto borboletas no estômago. Ao pensar na manhã seguinte sinto-me diferente. Algo se perdeu. E que diferença faz!

As despedidas são para ser vividas como se aquela vez tivesse sido a última – e, na verdade, é-o tantas vezes…!


Bem, no limite valeu para acabar com a tensão latente e agora podemos voltar às nossas vidas, descansados. (Não sei se me serve de consolo, mas terá de servir para alguma coisa - uma lição, seguramente!).

Voltanto atrás fazia tudo outra vez. E daí, talvez não deixasse o telemóvel na mesa de cabeceira...

10 de outubro de 2008

piropo

Cenário:
uma gaja a atravessar a estrada; um tipo a passar de carro, apita e diz: "princeeeeeeesa".

Dúvida:
Será que algum homem crê que vai engatar uma gaja apitando-lhe e atirando piropos?



Pois, está-se mesmo a ver:

- Eh, Princeeeeeeeesa!

- Olá, grandalhão!! O meu nome é Tatiana e está aqui o meu número de telefone. Acabo de ficar louca de desejo por ti. Nunca ninguém me tinha chamado princesa dessa maneira, com o palito no canto da boca e tudo. Liga-me, ok? Mas liga mesmo porque eu vou ficar, em lingerie, à espera do teu telefonema.


Caros amigos, expressões como “oh jóia”, “oh xuxa”, “comia-te toda”, "boazona", "g'anda lasca" e outras (que agora me escapam) servem de repelente!

Mas a explicação para um gajo se armar em engraçadinho está, normalmente, no facto de fazer estas figuras quando está em frente aos amigos.
Assim sim, já temos um contexto e a atitude torna-se compreensível. O dorso prateado está apenas a querer mostrar aos outros machos quem é dominante! Sim, porque a cena dos duelos e das manifestações de força estão ultrapassados!

Agora as "gaijas" querem é homens mais sensíveis, inteligentes, com quem possam falar, homens que usem a cabeça, que sejam intelectualmente desafiantes. E que desafios poderão ser esses, perguntam vocês? Jogar Sudoku no Destak? Ler os clássicos?
Deixem-se disso!! As “bocas” à desgarrada são a única solução: s
ó assim se consegue averiguar, sem margem para dúvidas, quem é o gajo mais digno de ser falado à hora do almoço do dia seguinte. Fantástico...

Lindo lindo é quando uma mulher se vira para um destes galarós e responde:

- Vá, Tarzan. Sai lá da Renault Express e mostra lá esses 30cm de rijeza. Vamos lá mandar uma valente foda ali no beco, mas despacha-te porque ainda tenho que ir almoçar.

Acreditem que a resposta é invariavelmente algo como: “Oh sua badalhoca, eu sou casado, pah!”

Perguntaste-me se estava bem disposta. "Sim", respondi instintivamente. Só me convenci da resposta quando me deste a mão e toda eu fui desejo. Soube, ali, que era tua. Só pensava na tua boca.

Apaguei a tv.

Comecei a desapertar-te a camisa e a sentir-me quente. Parei, inspirei e deixei-me encaminhar pelos sentidos. “Cheiras a céu”, pensei.
Fiz a tua pele deslizar sob os meus dedos sôfregos. Tremi e contraí-me.

Deixei o meu corpo aproximar-se do teu aos poucos, hipnotizado pelos beijos quentes e carinhosos. Fazia sentido. Tudo fazia sentido. Naquele silêncio a tua respiração começou a marcar o ritmo do meu corpo. Com as minhas mãos entrelaçadas nas tuas senti-me flutuar. (Gosto de ficar assim, amarrada a ti pelos dedos).

Sem mapa descobriste cada centímetro de pele, levando demasiado tempo, o suficiente para me deixares descontrolada. A cada beijo a minha boca perdia as referências e seguia-te cegamente, deixando que a mordesses e lambesses sem decoro.

Quando as respirações encontraram a cadência uma da outra deixei o teu corpo tomar conta do meu.

De olhos fechados fingi que eras só meu. Senti as tuas mãos de fogo a percorrerem-me o corpo provocando ondas de arrepios. Quando te abracei senti a cabeça cair instintivamente para trás e os olhos a não aguentarem ficar abertos – eu estava a amar-te. Permanecemos assim até estarmos exaustos e imóveis.

Encostada ao teu ombro, ensonada e feliz, vi o teu olhar pousado num ponto, absorto. Continuei a olhar-te crente que ia conseguir adivinhar o que pensavas. Acabei por adormecer.

7 de outubro de 2008

os príncipes e os sapos



A andar por aí tropecei neste post que me deixou intrigada. Pergunta assim: o teu marido casava outra vez contigo?

Olhei para isto e pus-me a pensar...
...mas foram só quatro segundos debruçada sobre o tema e entretanto fui almoçar.


Depois do almoço, a ver um DVD ja meio riscado voltei a pensar nisso (porque de barriga cheia parece que resulta melhor). E quando penso a segunda vez no mesmo assunto, toca o alarme: "tu queres ver que vou ter de reflectir realmente sobre um tema? Já uma pessoa não pode ver o Serendipity pela trigésima sexta vez em paz?"

Retomando a pergunta, mas extrapolando a parte do marido e do casamento (de que fujo como o Diabo da cruz!) e virando a questão para o meu umbigo... será que eu fazia tudo outra vez? Que "casava" com quem fui "casando?
Terei dado as oportunidades certas a mim e aos outros?
Voltaria a passar pelas mesmas camas, pelas mesmas peles, teria encarado os compromissos da mesma forma?


Terei andado atenta ou será que quando o príncipe encantado apareceu eu estava no charco a beijar sapos?

Creio que com a possibilidade de voltar atrás, não por arrependimento, mas por curiosidade, indagava mais. Entregava-me mais aos impulsos e menos aos padrões e aos olhos inquisidores. Com menos medos, com menos certezas, que resultariam em mais picos de felicidade e nos respectivos picos de angústia.


Era, no entanto, uma forma de experimentar não ser eu.

5 de outubro de 2008

favores em cadeia

Devia haver um banco de voluntariado de sexo. Tipo... "caridade", mas sem o ser.



A ideia é simples: adaptando o conceito do filme Pay it Forward (em português, Favores em Cadeia), cada pessoa praticaria "o Bem" (ou o "bem-bom"!) a três pessoas à escolha. Por sua vez essas três pessoas levariam "o bem" a outras três, e assim faziam crescer exponencialmente a satisfação sexual no país e podia até acontecer que as invejosas e os atadinhos tivessem sorte, saíssem na rifa de alguém, e deixassem de ser como são!





Cada vez mais acho que podia ser uma benfeitora destas, uma quecadora altruísta, pelo bem da nação, do mundo!



E já pensei na minha parte: já escolhi os três amigos (ou eles é que me escolheram a mim?) nitidamente a querer umas boas noites (tardes, manhãs) de sexo puro e duro:


Um tem namorada assumida, fixa, está com a corda ao pescoço e aquilo já deve ter perdido a piada há muito tempo! Tivemos os nossos encontros fortuitos e da última vez que saímos juntos, em grupo, acabou por me dizer que ainda tem "unfinished business" comigo. Disse-me que quando eu quiser tomar um café (leia-se "café com... natas"), é só ligar-lhe e marcamos uma escapadela!!!


Outro, vai tendo algumas miúdas, é bom todos os dias, conheço-o há pouco tempo, e no entanto, apesar de saber que sou "comprometida", anda sempre a rondar, a ver se lhe atiro uma escada!


Outro ainda está engajado com uma quasi-tripeira (que anda há meses a dar a "última oportunidade" ao actual namorado). Acontece que, para além desta miúda em banho-maria, este homem tem uma lista internacional de quecadoras de serviço... é assustador! E, no entanto, excitante!



O mau - péssimo - nisto tudo é que os meus pais fizeram um trabalho do caneco e tenho uma consciência que pesa toneladas mesmo com ZERO actos!; é que pesa p'ra caraças e são só pensamentos...
Tenho inibições psíquicas que não correspondem à libertinagem física que gostaria de atingir.



Tenho que trabalhar mais neste assunto!!!


menage a quatre

Não sei em que medida prefiro ser solteira ou amantizada.
É-me extremamente penoso ser fiel, mas ser "sozinha", provavelmente, custa-me mais.
Principalmente agora, passados anos, em que a minha relação actual é tida como perenemente garantida para toda a gente à minha volta... menos para mim.
Agora apetecia-me era acabar com os constrangimentos e deixar o meu corpo fluir pela energia que recebo de alguns tipos. Explorá-los. Saber o que me excita, o que me atrai em cada um deles.
Um é o pai/marido que sempre quis. Moldável, solícito, insaciável, inteligente. Bons genes, portanto.
Outro é exótico, esbelto, inteligente. Mais genes cheios de categoria.
Mas nenhum como este: é frágil, mas durão. Dá vontade de abraçar e cuidar. Dizer-lhe "no pasa nada", que tudo vai correr bem, que não precisa de se defender do mundo. Este tem genes de excelência.
O melhor de tudo é que não quero os genes deles pra nada.
Só quero sentir-me saciada. E quero saber discernir a fantasia da realidade, as realidades efémeras das perenes. Ainda que não saiba se alguma delas me preenche.
Que confusão.
Acho que vou começar a descobrir isso hoje...
Será?